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João Pessoa, Paraíba, Brazil
Filho de Antonio Gomes da Silva Netto e Rosilda Lucia Quaresma; nasci em Niterói, RJ, verão de 1982; passei toda minha infância em Jabitacá, PE; estive em convivência tanto no campo como na cidade, cuidei de gado na adolescência os quais minha avó criava , e trabalhei na biblioteca da escola na juventude. Minha conversão se deu no dia 24 de Dezembro de 1998 através do assembleianismo ao qual comunguei por 9 anos. Estudei o 2º grau, e, no ano 2000, aos 18 anos vim morar em João Pessoa, onde me casei com Priscila, e tivemos 2 filhas, Ester e Júlia. Hoje sou formado em Técnico em mecânica pelo Cefet-PB.Fui seminarista da Igreja Presbiteriana Fundamentalista do Brasil. Em 2014 concluí o Curso de Bacharel em Serviço Social. Estou orando para que este Blog sirva à Deus como instrumento de propagação da nova a respeito de Cristo.

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domingo, 5 de agosto de 2012

Como a Bíblia chegou até nós?




Texto: 2TM 3:16  toda a escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça;

Tema:  como a bíblia chegou até nós?

Ideia do sermão: sendo a escritura divinamente inspirada, podemos declarar que ela é única e satisfatoriamente suficiente para a compreensão do evangelho.

Tese:  cada vez mais que espiritualizarmos as obras de Deus, estaremos dando passagem para não crermos nos milagres de Deus, pois passaremos a interpretar tudo como alegórico ou figurado. Se nossa fé é fundamentada em Cristo, como podemos saber sobre ele?
O apostolo João certa vez disse: há, porem, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem.” , então, como saber quais os livros seriam a real revelação de Deus? E porque livros? Porque não a tradição oral? Note que há uma preocupação de Espírito Santo com a preservação da real mensagem.

  Objetivo  específico: acabar com conceitos espiritualistas, mostrando que nossa fé é intelectual e não espiritualizante, no sentido de dizer que as passagens de difícil compreensão não aconteceram realmente, mas que são coisas espirituais ou alegóricas, ou ainda figuras, característica das igrejas liberais.

INTRODUÇÃO:
De onde nos veio a Bíblia? Como podemos ter certeza de que só os livros certos foram incluídos  na Bíblia? A Bíblia contém erros? Quais são as cópias mais antigas da Bíblia de que dispomos? Como podemos ter certeza de que o texto da Bíblia não foi mudando ao longo dos anos? Por que há tantas traduções da Bíblia, e qual delas devo usar? Estas e outras questões serão estudadas neste momento.

Iremos passar ao estudo de como a bíblia chegou ate nós dividindo-o em 3 partes:
1-Preparação.
2-Escrita.
3-Preservação.

DESENVOLVIMENTO
Preparação:

1. O caráter da Bíblia.

A Bíblia é um livro singular. Trata-se de um dos livros mais antigos do mundo e, no entanto, ainda é o
best-seller mundial por excelência. É produto do mundo oriental antigo; moldou, porém, o mundo ocidental moderno. Tiranos houve que já queimaram a Bíblia, e os crentes a reverenciam. É o livro mais traduzido, mais citado, mais publicado e que mais influência tem exercido em toda a história da humanidade.

1.1.A palavra como meio de graça.

A palavra é o meio que o Espírito Santo emprega para a propagação da igreja e para a edificação e nutrição dos santos. Ela é preeminentemente (que ocupa lugar mais elevado) a palavra da graça de Deus, e, daí, também o meio de graça mais importante. Estritamente falando, é a Palavra pregada em nome de Deus, e em virtude de um comissionamento divino, que é considerada como meio de graça no sentido técnico da palavra, ao lado dos sacramentos, que são administrados em nome de Deus. Naturalmente, a Palavra de Deus também pode ser considerada como meio de graça num sentido mais geral. Ela pode ser uma bênção real quando levada ao homem de muitas maneiras adicionais: Quando é lida em casa, quando é ensinada na escola ou quando circula por meio de folhetos. Como os meios de graça oficiais, colocados à disposição da igreja, a Palavra e os sacramentos só podem ser administrados pelos oficiais da igreja, legítimos e propriamente qualificados. Mas, diversamente dos sacramentos, a Palavra pode ainda ser levada ao mundo por todos os crentes, e opera de numerosos e diferentes modos.

1.1.1.Relação da palavra com o Espírito Santo.

O nomismo, imagina a influência intelectual, moral e estética da Palavra como a única influência que se lhe pode atribuir. O nomismo não crê na operação sobrenatural do Espírito Santo mediante a Palavra.

De outro lado, o antinomismo não considera a Palavra externa necessária, de modo nenhum, e defende um misticismo que espera tudo da palavra interior ou da luz interior ou da operação imediata do Espírito Santo. Seu lema è, “A letra mata, mas o espírito vivifica”. A palavra externa pertence ao mundo natural, não está à altura do homem verdadeiramente espiritual e não pode produzir resultados espirituais válidos. Embora os antinômios de todas as categorias revelem uma tendência para menosprezar, senão para ignorar totalmente os meios de graça, essa tendência recebeu sua mais clara expressão das mãos de alguns anabatistas.

Em oposição a estes dois conceitos, os Reformadores sustentavam que a Palavra, sozinha, não é suficiente para produzir a fé e a conversão; que o Espírito Santo pode agir sem a Palavra, mas ordinariamente não o faz; e que, portanto, na obra de redenção a Palavra e o Espírito trabalham juntos. Os luteranos acreditavam que a palavra tinha poder convertedor, mas que precisava da eficácia do Espírito Santo para isso, ao passo que teriam em algum momento que se apoiar na doutrina do livre arbítrio para dizer que qualquer um pode se salvar através do conhecimento da palavra. Os reformados, na verdade, consideravam a Palavra de Deus como poderosa sempre, quer como sabor de vida para a vida, quer como sabor de morte para a morte, mas afirmavam que ela se torna eficaz na condução à fé e à conversão somente pela conjunta operação do Espírito Santo nos corações dos pecadores. Eles se recusavam a considerar esta eficácia como um poder impessoal residente na Palavra.

1.1.2.As 2 partes da palavra considerada como meio de graça.

 As 2 parte são a lei e o evangelho. Há Lei e Evangelho no Velho Testamento, e há Lei e Evangelho no Novo. A Lei compreende tudo quanto, na Escritura, é revelação da vontade de Deus na forma de mandado ou proibição, enquanto que o Evangelho abrange tudo, seja no Velho Testamento seja no Novo, que se relaciona com a obra de reconciliação e que proclama o anelante amor redentor de Deus em Cristo Jesus. E cada parte destas tem sua função própria na economia da graça. A Lei procura despertar no coração do homem contrição pelo pecado, ao passo que o Evangelho visa ao despertamento da fé salvadora em Jesus Cristo. Num sentido, a obra da Lei é preparatória para a do Evangelho. Ela intensifica a consciência de pecado e, assim, faz ciente ao pecador da necessidade de redenção.

Paulo diz que a Lei serviu de preceptor para conduzir os homens a Cristo, Gl 3.24, e a Epístola aos Hebreus descreve a Lei, não como estando em relação contraria ao Evangelho, mas, antes, como sendo o Evangelho em seu estado preliminar e imperfeito.

As divisões da bíblia.

1.1-os 2 testamento: Estudiosos cristãos frisaram a unidade existente entre esses dois testamentos da Bíblia sob o aspecto da Pessoa de Jesus Cristo, que declarou ser o tema unificador da Bíblia.1 Agostinho dizia que o Novo Testamento acha-se velado no Antigo Testamento, e o Antigo, revelado no Novo.

O Novo Testamento faz uma possível alusão a uma divisão em três partes do Antigo Testamento, quando Jesus disse: "... era necessário que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos" (Lc 24.44).

Ainda que não existam razões de ordem divina para dividirmos a Bíblia em oito partes, a insistência cristã em que as Escrituras devam ser entendidas tendo Cristo por centro baseia-se nos ensinos do próprio Cristo. Cerca de cinco vezes no Novo Testamento, Jesus afirmou ser ele próprio o tema do Antigo Testamento (Mt 5.17; Lc 24.27; Jo 5.39; Hb 10.7). Diante dessas declarações, é natural que analisemos essa divisão das Escrituras, em oito partes, por tópicos, sob o aspecto de seu tema maior — Jesus Cristo.

Primeira língua.

Acredita-se que o hebraico foi a primeira língua falada pelo homem, porque o nome dos animais em hebraico demonstra mais claramente suas características particulares do que em qualquer outra língua. Gênesis 2.19-20

Os nomes dos descendentes de Adão estão em hebraico, e são colocados como os primeiros habitantes da terra, que se tornaram grandes nações e algumas existem ate hoje. Gênesis 2.23;
3.20; 4.1.

Anotações escritas

Originalmente, o Antigo  Testamento parece ter sido escrito em papiros. Esse tipo de material era feito a partir de juncos  que cresciam nas margens do Rio Nilo. Os juncos eram cortados em tiras e dispostos, camada  sobre camada, em esquadro. Então, eram achatados, prensados e polidos para formar um tipo  primitivo de papel. Sabemos que o papiro foi usado no Egito há muito tempo, certamente nos  tempos de Moisés e, portanto, é muito provável que os primeiros documentos do Antigo  Testamento tenham sido escritos nesse tipo de material. Se não o foram, poderiam ter sido  escritos em peles de animais, que eram usadas desde aproximadamente 2.000 a.C.. As peles   eram preferidas porque duravam mais e não eram tão frágeis, conseqüentemente, preservaram  o texto mais perfeitamente.

A Escrita

Texto: Êx 34.27. Disse mais o SENHOR a Moisés: Escreve estas palavras, porque, segundo o teor destas palavras, fiz aliança contigo e com Israel.

Tese: assim como Deus ordena a Moisés para escrever a sua palavra, Ele ordenou a sua igreja para que escrevesse cada livro de sua palavra, mostrando assim o valor que Ele dá a sua palavra falada.

Propósito especifico: demonstrar que a palavra de Deus sendo sua absoluta revelação para a igreja, precisava ser escrita, de maneira que seria uma forma confiável para se guardar esta palavra Divina.

INTRODUÇÃO

Tendo Moisés recebido a ordenança de escrever a palavra de Deus e guardá-la, logo ele a escreveu-a e passou estas palavras para o povo de Israel. Esta palavra iria ser o instrumento norteador daquele povo, e por isso precisava ser rigorosamente escrita por o homem de Deus Moisés.  Assim nós iremos passar a mostrar a etapas desta escrita, para podermos entender o processo de escrita da absoluta palavra revelada.

1-A Inspiração

A inspiração na bíblia.

Embora a palavra inspiração seja usada apenas uma vez no Novo Testamento (2Tm 3.16) e outra no Antigo (Jó 32.8), o processo pelo qual Deus transmite sua mensagem autorizada ao homem é apresentado de muitas maneiras. Um exame das duas grandes passagens a respeito da
inspiração encontradas no Novo Testamento, poderá ajudar-nos a entender o que significa a inspiração bíblica.

Para os apóstolos, as palavras do velho testamento eram a palavra de Deus, e também as palavras faladas por eles mesmos, haja vista serem transmitidas pelo Espírito Santo.
A passagem correlata de 1Coríntios 2.13 realça a mesma verdade. Disto também falamos", escreveu Paulo, "não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais." Quaisquer palavras ensinadas pelo Espírito Santo são palavras divinamente inspiradas.

A segunda grande passagem do Novo Testamento a respeito da inspiração da Bíblia está em 2Pedro 1.21. "Pois a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens santos da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo." Em outras palavras, os
profetas eram homens cujas mensagens não se originaram de seus próprios impulsos, mas foram "sopradas pelo Espírito". Pela revelação, Deus falou aos profetas de muitas maneiras (Hb 1.1): mediante anjos, visões, sonhos, vozes e milagres. Inspiração é a forma pela qual Deus falou aos homens mediante os profetas. Mais um sinal de que as palavras dos profetas não
partiam deles próprios, mas de Deus é o fato de eles sondarem seus próprios escritos a fim de verificar "qual o tempo ou qual a ocasião que o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, ao dar de antemão testemunho sobre os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e sobre as glorias que os seguiriam" (l Pe 1.11).

a inspiração comparada com revelação e iluminação.

Revelação diz respeito à exposição da verdade. Iluminação, à devida compreensão dessa verdade descoberta. A revelação é a autoridade de Deus para a exposição da verdade, enquanto a iluminação é a maneira que o Espírito Santo utiliza para nos ensinar.
A inspiração que traz a revelação escrita aos homens não traz em si mesma garantia alguma de que os homens a entendam. É necessário que haja iluminação do coração e da mente.

Há 2 tipos de revelação, a geral e a especial. A geral se encontra na natureza, como vemos no salmo 19 e em romanos 1. A especial nos veio através de Cristo, e está registrada na bíblia sagrada, que é a palavra de Cristo revelada segundo hebreus 1.1-2.

5. Evidências da inspiração da Bíblia

A inspiração verbal plenária.

Deus inspirou tanto o autor como as palavras que estavam sendo escritas.

O autor descarta a ideia de que o ditado verbal seja mecânico, sustentando que Deus ditou sua
Palavra mediante a personalidade do autor humano. É que Deus, por sua atuação especial e providência, foi quem formou as personalidades sobre as quais posteriormente o Espírito Santo haveria de soprar seu ditado palavra por palavra. Assim, argumenta Rice, Deus havia preparado de antemão os estilos particulares que ele próprio desejava, a fim de produzir as palavras exatas, ao usar estilos e vocabulários predeterminados, encontráveis nos diferentes autores humanos.

Em resumo: Deus escolheu um servo seu, que tinha uma vida de piedade, e utilizou a personalidade desta pessoa, com todas suas qualidades e autorizou-o a escrever. Assim as palavras que foram escritas eram justamente as que Deus autorizou, ou quis que fosse escrita, de maneira que houve uma cooperação entre os 2, homem e Deus, o homem como autor e Deus como editor, se assim podemos exemplificar.

Os outros escritos que não estão na bíblia grada, não foram autorizados por Deus a serem escritos, não foram inspirados, passando assim a serem espúrios, ou não puros.

Alguns críticos, e entre eles está Rudolf Bultmann afirma que a bíblia foi escrita em linguagem mitológica, e que tudo não passa de mitos, e que é preciso a iluminação do Espírito Santo para poder desmitizar a palavra para se ter a real compreensão do amor de Deus contido nela. Não acreditam em nada de forma literal.

6. As características da canonicidade

A inspiração é o meio
pelo qual a Bíblia recebeu sua autoridade: a canonização é o processo pelo
qual a Bíblia recebeu sua aceitação definitiva.

A palavra cânon deriva do grego kanõn ("cana, régua"), que, por sua
vez, se origina do hebraico kaneh, palavra do Antigo Testamento que
significa "vara ou cana de medir" (Ez 40.3). Mesmo em época anterior ao
cristianismo, essa palavra era usada de modo mais amplo, com o sentido de
padrão ou norma, além de cana ou unidade de medida. O Novo Testamento
emprega o termo em sentido figurado, referindo-se a padrão ou regra de
conduta (Gl 6.16).

A canonicidade é determinada pela inspiração

Deus dá autoridade divina a um livro, o os
homens de Deus o acatam. Deus revela, e seu povo reconhece o que o
Senhor revelou. A canonicidade é determinada por Deus e descoberta pelos
homens de Deus. A

A descoberta da canonicidade

A fim
de cumprir esse papel, a igreja deve procurar certos característicos próprios
da autoridade divina. Como poderia alguém reconhecer um livro inspirado
só por vê-lo? Quais são os elementos característicos que distinguem uma
declaração de Deus de um enunciado meramente humano? Vários critérios
estavam em jogo nesse processo de reconhecimento.

São discerníveis cinco critérios
básicos, presentes no processo como um todo: 1) O livro é autorizado —
afirma vir da parte de Deus? 2) É profético — foi escrito por um servo de
Deus? (2Pe 1.20,21) (Hb 1.1). 3) É digno de confiança — fala a verdade acerca de Deus, do
homem etc? Todo e qualquer livro que contenha
erros factuais ou doutrinários (segundo o julgamento de revelações
anteriores) não pode ter sido inspirado por Deus. Deus não pode mentir; as
palavras do Senhor só podem ser verdadeiras e coerentes. À vista desse princípio, os crentes de Beréia aceitaram os ensinos de
Paulo e pesquisaram as Escrituras, para verificar se o que o apóstolo estava
ensinando estava de fato de acordo com a revelação de Deus no Antigo
Testamento (At 17.11). 4) É dinâmico — possui o poder de Deus que transforma
vidas? (Hb 4.12).a palavra deve ser viva e eficaz 5) É aceito pelo povo de Deus para o qual foi originariamente
escrito — é reconhecido como proveniente de Deus? (1Ts 2.13),aceitaram a palvra de Paulo.

A Preservação

Texto: IS  46.9-10. MT 24.35. Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim;  que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade;... Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão.

Tese: baseados nestes textos iremos mostrar aos irmãos que toda palavra que sair da boca de Deus vai se cumprir absolutamente, e que a escritura sendo palavra da sua boca, não passara nenhum detalhe sem se cumprir, até a consumação dos séculos.

Propósito especifico: após ouvirem este estudo espero que os irmãos possam entender que Deus quando criou a sua palavra e entregou as mãos da igreja, Ele tinha preparado os meios para que esta palavra pudesse chegar ao conhecimento especifico de cada eleito, de maneira que nenhum eleito de todas as eras, jamais deixará de ter a verdadeira palavra de Deus em suas mãos. Deus haveria de criar sua palavra, mas também preservá-la de erros e da destruição.

INTRODUÇÃO

Iremos passar a tratar neste momento sobre a preservação das escrituras. Mas antes gostaríamos de relembrar os irmãos sobre os temas tratados nos 2 últimos estudos. Primeiramente estivemos falando sobre a preparação das escrituras, onde pudemos ver que Deus colocou a palavra como principal meio de graça da igreja, acompanhado dos sacramentos do batismo e da santa ceia, a palavra como instrumento do Espírito Santo. Em segundo lugar estivemos trazendo um estudo sobre a escrita da escritura, onde falamos sobre: a inspiração da bíblia, sobre a canonicidade das escrituras.
Hoje estaremos tratando da preservação da palavra de Deus, e estaremos falando sobre:
1º) o desenvolvimento da critica textual.
2º) as versões modernas.

1º). O desenvolvimento da crítica textual

O grandioso conteúdo doutrinário e histórico da Bíblia tem sido
transmitido de geração a geração, ao longo da história, sem mudanças nem
perdas substanciais. As cópias e as traduções da Bíblia, encontradas no
século xx, não detêm a inspiração original, mas contêm uma inspiração
derivada, uma vez que são cópias fiéis dos autógrafos. De uma perspectiva
técnica, só os autógrafos são inspirados; todavia, para fins práticos, a
Bíblia nas línguas de nossa época, por ser transmissão exata dos originais,
é a Palavra de Deus inspirada.

O objetivo da critica textual é apurar ou reunir os documentos a disposição, para saber qual é a verdadeira redação do texto bíblico. A critica textual é como se fosse um julgamento da própria bíblia, o qual é dividido em 2 tipos: a alta critica e a baixa critica.

A alta critica ou critica histórica: esse tipo de julgamento dos especialistas diz respeito à data do texto, seu estilo  literário, sua estrutura, sua historicidade e sua autoria. Costumam dizer que os fatos antes do livro de Josué são lendas, por não poderem ter sido possível provar a data de escritura dos livros. Os resultados dos estudos da alta crítica, feitos pelos herdeiros da teologia herética dos fins do século XVIII, não passam de um tipo de fruto altamente destrutivo.

A baixa critica ou critica textual: Quando o julgamento dos estudiosos se aplica à confiabilidade do texto bíblico, ela é classificada como baixa crítica ou crítica textual. A baixa crítica aplica-se à forma ou ao texto da Bíblia, numa tentativa de restaurar o texto original. Não deve ser confundida com a alta crítica, visto que a baixa crítica, ou crítica textual, estuda a forma das palavras de um documento, e não seu valor documental. Muitos exemplos de baixa crítica podem ser encontrados na história da transmissão do texto bíblico. Alguns desses exemplos foram produzidos por leais defensores do cristianismo ortodoxo, mas outros provieram de seus mais veementes opositores. Os estudiosos que se interessam por obter o original de um texto, mediante a aplicação de certos critérios ou padrões de qualidade, são críticos textuais. Em geral, o trabalho desses homens é construtivo, e sua atitude básica, positiva.

O desenvolvimento histórico da crítica textual

A história do texto da Bíblia na igreja pode ser dividida em vários períodos básicos, de modo especial com referência ao Novo Testamento: 1) o período de reduplicação (até 325), 2) o período de padronização do texto (325-1500), 3) o período de cristalização (1500-1648) e 4) o período de crítica e de revisão (1648 até o presente). Neste período de crítica e de revisão, tem havido uma luta entre os proponentes do "texto recebido" e os que advogam o "texto criticado". Nesse debate o texto criticado tem ocupado a posição de predominância. Ainda que não haja muitos estudiosos hoje que defendam seriamente a superioridade do texto recebido, deve-se observar que não existem diferenças substanciais entre o texto recebido e o texto criticado.

O período de reduplicação (até 325)

A partir do século III a.C, os estudiosos de Alexandria tentaram restaurar os textos dos poetas e  proseadores gregos. Foi nesse centro cultural que a versão do Antigo Testamento chamada Septuaginta (LXX) veio à luz, entre cerca de 280 e 150 a.C.

As cópias dos autógrafos (até 150). Durante a segunda metade do século I, os livros do Novo Testamento eram escritos sob a direção do Espírito Santo, sendo, portanto, inerrantes. Não há dúvida, porém, de que
as cópias desses autógrafos, feitas em papiro, vieram a perder-se com o tempo. Mas antes de perecer focam providencialmente recopiadas, e circularam pelas igrejas.

As cópias das cópias (150-325). Quando o período apostólico estava chegando ao fim, as perseguições contra a igreja foram-se tornando cada vez mais generalizadas. Perseguições esporádicas culminaram em duas perseguições imperiais sob o comando dos imperadores Décio e Diocleciano. Os cristãos, além de terem de enfrentar intensa perseguição, sofrendo até mesmo a morte, freqüentemente viam suas Escrituras Sagradas confiscadas e destruídas. Em decorrência dessa destruição, havia o perigo de as Escrituras se perderem, ficando a igreja sem seu Livro Sagrado. Por isso, os cristãos costumavam fazer cópias de quaisquer manuscritos que possuíssem, com a maior rapidez possível.

O período de padronização (325-1500)

Depois de a igreja ter-se libertado da ameaça de perseguição, logo após a promulgação do Edito de Milão (313), sua influência se fez sentir no processo de cópia dos manuscritos da Bíblia.

Ao longo desse período, as revisões críticas dos textos eram relativamente raras, exceto pelos esforços de estudiosos como Jerônimo (c. 340-420) e Alcuíno de Iorque (735-804). Todavia, o período especial entre
500 e 1000 testemunhou a obra massorética no texto do Antigo Testamento, de que resultou o Texto massorético. Quando o imperador Constantino escreveu a Eusébio de Cesaréia, dando-lhe instruções para que providenciasse 50 exemplares das Escrituras Cristãs, iniciou-se um novo tempo na história do Novo Testamento. Foi o período da padronização do texto, quando o Novo Testamento começou a ser copiado com todo o cuidado e fidelidade, a partir dos manuscritos existentes.

O período de cristalização (1500-1648)

No período da Reforma, o texto bíblico entrou no período de cristalização, assumindo a forma impressa em lugar da manuscrita. Envidaram-se esforços no sentido de se publicarem textos impressos da Bíblia com a maior precisão possível. Com freqüência esses textos eram
publicados em vários línguas simultaneamente.

Principais publicadores

O cardeal Francisco Ximenes de Cisneros (1437-1517), da Espanha, planejou a primeira edição impressa do Novo Testamento grego, que haveria de sair do prelo em 1502.

Desidério Erasmo (c. 1466-1536), de Roterdã, estudioso e humanista holandês, teve a honra de editar o primeiro Novo Testamento grego que veio a público. Já em 1514, Erasmo havia tratado dessa obra com o impressor Johann Froben, da Basiléia. Por volta de  1519 tornou-se necessária nova edição. Essa segunda edição tornou-se a base da tradução que Lutero fez da Bíblia para o alemão, embora ele usasse apenas mais um manuscrito em seu trabalho.

Roberto Estéfano, impressor da corte real em Paris, publicou o Novo Testamento grego em 1546, em 1549, em 1550 e em 1551. A terceira edição (1550) foi a primeira edição que continha um aparato crítico, ainda que fossem meros quinze manuscritos. Essa edição baseou-se na quarta
edição de Erasmo, e foi a base do Textus receptus.

Teodoro Beza (1519-1605) foi o sucessor de João Calvino em Genebra. Beza publicou nove edições do Novo Testamento, após a morte de seu famoso predecessor, em 1564, e uma edição póstuma, a décima, veio a publico em 1611.

Boaventura e Abraão Elzevír (1583-1652 e 1592-1652) produziram o texto recebido (Textus receptus). O texto de Estéfano divulgou-se por toda a Inglaterra, mas o de Boaventura e de Abraão tornou-se o mais popular do continente europeu.

2º). as traduções modernas.

Traduções modernas. As traduções modernas surgiram a partir da época de Wycliffe e de seus sucessores. Seguindo o exemplo de Wycliffe, visto que foi ele o pai da primeira Bíblia completa em inglês, William Tyndale (1492-1536) fez sua tradução diretamente das línguas originais,
em vez de usar a Vulgata latina como fonte. Desde essa época surgiu uma multiplicidade incrível de traduções que continham o total ou apenas partes do Antigo e às vezes também do Novo Testamento. Logo após o desenvolvimento dos tipos móveis de Johann Gutenberg (c. 1454), a
história da transmissão, da tradução e da distribuição da Bíblia adentra uma era inteiramente nova.
A tradução da Bíblia ajudou a manter o judaísmo puro, nos últimos séculos antes de Cristo, como mostra nosso tratamento sobre o Pentateuco samaritano e os Targuns. A tradução chamada Septuaginta (v. cap. 17) foi feita em grego, em Alexandria, no Egito (iniciando-se entre 280-250 a.C), e serviu de fundo às traduções para o latim e para outras línguas. Essas traduções foram vitais para a evangelização, para a expansão e para o estabelecimento da igreja. Desde a Reforma a disseminação da Bíblia vem resultando em traduções em numerosas línguas. O papel desempenhado pela Bíblia em inglês tem sido importantíssimo entre as modernas traduções.

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