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João Pessoa, Paraíba, Brazil
Filho de Antonio Gomes da Silva Netto e Rosilda Lucia Quaresma; nasci em Niterói, RJ, verão de 1982; passei toda minha infância em Jabitacá, PE; estive em convivência tanto no campo como na cidade, cuidei de gado na adolescência os quais minha avó criava , e trabalhei na biblioteca da escola na juventude. Minha conversão se deu no dia 24 de Dezembro de 1998 através do assembleianismo ao qual comunguei por 9 anos. Estudei o 2º grau, e, no ano 2000, aos 18 anos vim morar em João Pessoa, onde me casei com Priscila, e tivemos 2 filhas, Ester e Júlia. Hoje sou formado em Técnico em mecânica pelo Cefet-PB.Fui seminarista da Igreja Presbiteriana Fundamentalista do Brasil. Em 2014 concluí o Curso de Bacharel em Serviço Social. Estou orando para que este Blog sirva à Deus como instrumento de propagação da nova a respeito de Cristo.

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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Paulo de Tarso.



[DOCUMENTOS PESSOAIS]


INTRODUÇÃO


Neste pequeno comentário, estarei separando as partes do filme (Paulo de Tarso) que são mais aproximadas do que o relato bíblico mostra, e as partes que são conjecturas. A parte que não tem nenhum fundamento bíblico não será feito nenhum comentário direto, salvo se tiver alguma relevância.


SÍNTESE


FATOS BÍBLICOS.


O filme tem início com cenas da conversão de Saulo, que é algo bíblico descrito no livro de Atos dos Apóstolos, veja Atos 9.1-9:
1 E SAULO, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do SENHOR, dirigiu-se ao sumo sacerdote.
2 E pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se encontrasse algum daquela seita quer homens quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém.
3 E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu.
4 E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?
5 E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões.
6 E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que eu faça? E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer.
7 E os homens, que iam com ele, pararam espantados, ouvindo a voz, mas não vendo ninguém.
8 E Saulo levantou-se da terra, e, abrindo os olhos, não via a ninguém. E, guiando-o pela mão, o conduziu a Damasco.
9 E esteve três dias sem ver, e não comeu nem bebeu.


Paulo é um discípulo de Gamaliel, que é um fato bíblico segundo Atos 22.3:
3 Quanto a mim, sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, e nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zeloso de Deus, como todos vós hoje sois.


O discurso de Gamaliel perante o Sinédrio está muito próximo do que contem na bíblia.


O filme fala sobre a venda do terreno de Barnabé, que, entregou o valor aos pés dos Apóstolos.


Paulo segurou o manto dos que apedrejavam os cristãos, como no filme ele segura o manto de “Rubens”.


A conversão de Saulo acontece de modo muito parecido com o que a bíblia diz; ele ficou cego; ouviu a voz do Senhor; ficou percebendo apenas vultos das pessoas. Agora, vale salientar que no filme ele Paulo ficou relutando contra a cegueira, o que a bíblia não mostra.


Quando Pedro retorna de sua viagem pelas regiões da Judéia e Samaria, ele é interrogado pelos apóstolos em especial por Tiago. O que Pedro fala para eles é uma fração do que está na bíblia.


A morte de Tiago irmão de João também fica próximo do relato bíblico.


A prisão de Pedro por Herodes é descrita com muita precisão.


Sobre o apedrejamento de Paulo e Barnabé em Listra, tirando que o “Rubens” o tenha apedrejado, também está coerente.


Sobre Áquila e Priscila, o filme os coloca como proprietários de um cortiço de fabricação de tendas.


Na parte final do filme Paulo se dedica a fazer vários discursos principalmente em Atenas, que estão descritos tanto em Atos dos Apóstolos como em outros livros do NT. Apesar de ter algumas conjecturas no meio, mas esta parte entra aqui pelo resumo geral dos mesmos.


O filme fala sobre a prisão e interrogatório de Paulo pelos judeus, depois de sua vinda de Cesaréia a Jerusalém, logo em seguida, os judeus entram em voto que só comeriam depois de ter assassinado a Paulo.


Sobre o testemunho perante Felix o filme mostra biblicamente Paulo apelando para Cesar.


O filme termina com Paulo chegando a Roma, avistando a cidade de longe.




CONJECTURAS.


O filme apresenta Paulo como comandante da guarda romana. De alguma forma Paulo deve ter sido um soldado ou prestava serviço como reservista. Veja Atos 8.3; 9.2:


3 E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão.
2 E pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se encontrasse algum daquela seita quer homens quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém.


O batismo no Espírito Santo é semelhante ao que está na bíblia, que todos estavam reunidos no mesmo lugar ainda que o número de pessoas presente foi muito resumido; veio sobre eles um vento impetuoso e foram cheio do Espírito Santo. Mas quanto ao falar em línguas é suprimido também, passando para o discurso de Pedro.


Pelo filme da para entender que o cristianismo era uma seita ramificada dos ensinos do farisaísmo.


Sobre Paulo, o filme novamente volta a falar da vida pessoal dele é o apresenta como cidadão romano que fazia tenda.


A conversa do “sacerdote Rubens” com Paulo sobre o desejo de Roma matar muitos judeus se não fosse contido os cristãos, tem certo fundo histórico.


Quando “Rubens” tenta contradizer Estevão dizendo que Jesus destruiria o templo e em 3 dias o reconstruiria, também é uma conjectura de um dos motivos de o porquê estavam perseguindo os cristãos.
“Rubens” coloca a idéia de que Jesus seria como um 2º Deus para os cristãos e por isso eles eram politeístas, que era uma blasfêmia. Isso ocorre porque os judeus não aceitavam de forma alguma a idéia de que o messias fosse divino. Eles tinham a idéia de um libertador político.


O filme coloca Paulo como comandante na perseguição dos judeus contra os cristãos, mas a bíblia não deixa claro este ensino. A bíblia apenas diz que ele levava presos os cristãos, isso não é motivo concreto para se dizer que Paulo era comandante. Ele pode ter servido como reservista ou ter sido enviado de uma forma especial para está missão, pelo fato de Paulo ser um dos judeus mais preparado religiosamente, e que por ser jovem poderia executar o serviço melhor que os mais velhos.


A questão das coisas sacrificadas e o comer com os pagãos são descrito no filme, mas não é igual ao que se vê no livro de Atos. O que se vê no filme é uma adaptação de Gálatas. O fato é que no filme é colocado como se Pedro desse o veredicto final de todas as coisas. Mas em Atos 15 não conseguimos vê Pedro tomando lugar de destaque, mas Tiago.


A discussão entre Paulo e Barnabé no filme gira em torno de se deveriam ir pregar em Roma ou não. A bíblia mostra claramente que a discussão foi porque Barnabé queria levar a João Marcos é Paulo não considerava justo.


Sobre a purificação de Paulo logo depois de chegar de Cesaréia em Jerusalém, o filme o mostra raspando a cabeça e tomando voto (ainda que não o mostre utilizando navalha que era o costume judeu), mas quanto a sua prisão, o filme mostra um individuo que era de Jerusalém incitando o povo contra Paulo, mas a bíblia diz claramente que quem incitou o povo foi judeus residentes na Ásia.


Sobre a notícia ao comandante romano, em nenhum momento a bíblia mostra uma mulher trazendo a noticia do motim dos judeus para matar a Paulo em segredo.


Sobre a despedida de Paulo e Barnabé a bíblia não faz nenhuma menção.




EXTRA BIBLICO.


O filme coloca Paulo como sendo um soldado e lutador de arena. A bíblia diz que Paulo lutou contra feras, mas ao que da para se entender foi em pro da causa e não como esporte. Veja Atos 15.32:
32 Se, como homem, combati em Éfeso contra as bestas, que me aproveita isso, se os mortos não ressuscitam? Comamos e bebamos que amanhã morreremos.




Mostra Barnabé sendo assaltado e Paulo o livrando. Também diz que o nome da mulher de Barnabé é Agar.


Tem uma cena que Barnabé e um cristão fazem no chão o desenho de um peixe que pode ser um dos símbolos do cristianismo primitivo.


Apresenta Pedro se queixando de não poder pregar por receio de ser morto, coisa que não tem na bíblia.


Quando Pedro tenta pregar para um aleijado, ele o expulsa.


Paulo dava esmola para os aleijados é os conhecia. É algo que não mostra claramente na bíblia, mas podemos ver Paulo incentivando a isso nas suas epístolas.


O discurso de Pedro é abalado pelas pessoas, coisa que não está correto e João também interfere no discurso.


A cura do coxo que é descrito no capítulo 3 de Atos, é adiantado para os acontecimentos do dia de pentecostes.


Os Apóstolos Pedro é João comparecem pela 1ª vez perante o Sinédrio, e no filme, eles são proibidos de falarem no nome de Jesus, mas na bíblia isso só ocorre na 2ª vez que eles comparecem ao Sinédrio.


É feito uma associação entre o batismo das 3 mil almas com a pessoa de Barnabé, só que a bíblia não descreve o batismo de Barnabé; outra coisa errada é sobre o tempo do batismo, que foi logo depois do discurso de Pedro em pentecostes e não na união de Barnabé a igreja.


Colocam que Pedro e João descem para Samaria antes do início da perseguição, é algo errado.


Sobre Barnabé ter ido avisar Ananias da vinda de Paulo, não é bíblico.


Muito provavelmente quem batizou Paulo foi Ananias é não Barnabé como o filme coloca.


Barnabé não estava com Paulo em Damasco segundo a bíblia, só em Jerusalém é que ele viria a se encontrar com Barnabé.


Na bíblia não contem estes discursos entre Pedro, Tiago, Paulo é Barnabé à noite em uma arena ou esconderijo. O que a bíblia diz é que Barnabé tendo trazido Paulo perante os Apóstolos, falou como havia sido a conversão de Paulo em Damasco.


Paulo vai até Pedro para pedir permissão para pregar o evangelho, é Pedro o permite, mas isso é uma irrealidade bíblica, Paulo em nenhum momento vem pedir autorização para poder pregar o evangelho, Cristo foi quem o comissionou.


Sobre a ida de Barnabé a Antioquia, o filme erra quando coloca Pedro dando ordens a ele, para que ele vá até Antioquia. Segundo a bíblia está ida de Barnabé só se deu tempos depois, quando os irmãos de Jerusalém ficaram sabendo que a palavra havia prosperado ali, enviando Barnabé para lá.


O filme mais uma vez dá uma versão equivocada com relação ao tempo. Quando Barnabé vai chamar a Paulo em Tarso, a prisão de Pedro por Herodes, nem havia ocorrido ainda.


A viagem de Paulo e Barnabé parece que começa em Listra, mas a bíblia deixa bem claro que Paulo 1º foi a Salamina.




CONCLUSÃO


Em resumo, o filme colabora com a tradição católica romana, que defende que Pedro foi a cabeça do apostolado, o 1º papa. Em várias partes do filme, é visto o esforço do produtor em mostrar a autoridade de Pedro sobre a igreja, mas quando chega ao concílio de Jerusalém, vemos Pedro tomando o conselho de Paulo sobre a circuncisão, trazendo de forma tão explicita e clara que Pedro precisava de conselho dos outros. Se Pedro fosse papa ele não teria tomado conselho.
Mesmo o produtor querendo trazer o ensino sobre a primazia de Pedro, ele não pode negar o que a bíblia declara.


De certa forma o filme traz uma narrativa bem elaborada do que, foi o ministério de Paulo, ainda que tenha discrepâncias como, por exemplo, as citadas acima.

Atós dos apóstolos sob 3 comentários.



[DOCUMENTOS PESSOAIS]

1-INTRODUÇÃO.


2-O NOVO COMENTÁRIO DA BÍBLIA.


3-O NOVO COMENTÁRIO BÍBLICO CONTEMPORÂNEO. ATOS DOS APÓSTOLOS.


4-INTRODUÇÃO E SÍNTESE DO NOVO TESTAMENTO.


5-CONCLUSÃO.


I. Introdução


Neste trabalho é apresentada uma exposição dos tópicos requeridos pelo professor, baseado em 3 livros onde é feita no final uma avaliação dos pontos positivos é negativos de cada livro.
Os principais objetivos são: verificar a autoria, data, teologia e principais assuntos tratados em Atos dos apóstolos.


II. 1: Titulo: O novo comentário da bíblia.
II. 2: Autor: F. Davidson.
II. 3: Editora: Vida Nova.
II. 4: Ano: 1997.
II. 5:Bibliografia:


F. F. BRUCE, M.A., D.D., Rylands, Professor de Criticismo Bíblico e
Exegese da Universidade de Manchester. A Poesia do Antigo Testamento, A
Literatura de Sabedoria do Antigo Testamento*, Os Quatro Evangelhos,
Juízes, Atos dos Apóstolos, I e II Tessalonicenses.


(The Bearing of
Recent Discovery on the Trustworthiness of the New Testament (1915), págs.
(81, 222).


(W.F. Howard, The Romance of New Testament Scholarship (1949), pág. 151).


Adolf von Harnack, de Berlim. (Vejam-se os seus livros Luke the
Physician (1907), Acts of the Apostles (1909), Date of the Acts (1911).


C. C. Torrey, de Yale The composition and Date of Acts (1916)


(Cfr. W. L. Knox, The Acts of the
Apostles (1948), pág. 91).




A: Sobre a autoria:


Segundo o novo comentário da bíblia, a autoria do livro de Atos é do mesmo autor do 3º evangelho, ou seja, Lucas o médico amado (Cl 4.14: Saúda-vos Lucas, o médico amado, e Demas.). Pag. 1869.


Lucas seria natural de Antioquia da Síria, gentio, teria sido convertido no inicio da pregação do evangelho naquela cidade. Em Cl 4.10: “Aristarco, que está preso comigo, vos saúda, e Marcos, o sobrinho de Barnabé, acerca do qual já recebestes mandamentos; se ele for ter convosco, recebei-o; E Jesus, chamado Justo; os quais são da circuncisão; são estes unicamente os meus cooperadores no reino de Deus; e para mim têm sido consolação.” Paulo saúda 3 companheiros de viagem que eram judeus, e seguem saudando outros que não eram judeus, “12 - Saúda-vos Epafras, que é dos vossos, servo de Cristo, combatendo sempre por vós em orações, para que vos conserveis firmes, perfeitos e consumados em toda a vontade de Deus.
13 - Pois eu lhe dou testemunho de que tem grande zelo por vós, e pelos que estão em Laodicéia, e pelos que estão em Hierápolis.
14 - Saúda-vos Lucas, o médico amado, e Demas.
“15 - Saudai aos irmãos que estão em Laodicéia e a Ninfa e à igreja que está em sua casa.” Pag. 1870.


Sir Wiliam Ramsay sugere que Lucas seja irmão de Tito (2Co 8.17-19: “17 - Pois aceitou a exortação, e muito diligente partiu voluntariamente para vós.
18 - E com ele enviamos aquele irmão cujo louvor no evangelho está espalhado em todas as igrejas.
“(19 - E não só isto, mas foi também escolhido pelas igrejas para companheiro da nossa viagem, nesta graça que por nós é ministrada para glória do mesmo SENHOR, e prontidão do vosso ânimo;”), afirmando que Orígenes entendia que “o irmão cujo louvor no evangelho está espalhado por todas as igrejas” era Lucas; Tito também era grego de Antioquia (Gl 2.1-3: “1 - DEPOIS, passados catorze anos, subi outra vez a Jerusalém com Barnabé, levando também comigo Tito.
2 - E subi por uma revelação, e lhes expus o evangelho, que prego entre os gentios, e particularmente aos que estavam em estima; para que de maneira alguma não corresse ou não tivesse corrido em vão.
“(3 - Mas nem ainda Tito, que estava comigo, sendo grego, foi constrangido a circuncidar-se;”). Pag. 1870.


B: Sobre a data:


O livro de Atos foi concluído antes das perseguições por Nero de 64-70 d.C. Alguns a colocam na data de 90 d.C., mas para isso ele teria que ter falado sobre fatos importantes como o incêndio de Jerusalém. Pag. 1869.


C: Sobre a teologia:


O autor destaca a obra do Espírito Santo como tema central do livro. O Espírito de Deus é quem dirige toda a obra. O Dr. Pierson o fez menção a obra do Espírito em Atos dizendo que o livro bem podia ser chamado “os atos do Espírito Santo”, por que: o Espírito Santo:
Guia os mensageiros, como o caso de Felipe e o de Pedro (At 8; 10).
Escolheu Barnabé e Saulo (At 13.2: 2 - E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.).
Impede-os de pregar na Ásia (At 16.6-10: 6 - E, passando pela Frígia e pela província da Galácia, foram impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia.
7 - E, quando chegaram a Mísia, intentavam ir para Bitínia, mas o Espírito não lho permitiu.
8 - E, tendo passado por Mísia, desceram a Trôade.
9 - E Paulo teve de noite uma visão, em que se apresentou um homem da Macedônia, e lhe rogou, dizendo: Passa à Macedônia, e ajuda-nos. (10 - E, logo depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia, concluindo que o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos o evangelho.).
É mencionado no concílio dos apóstolos (At 15.28: 28 - Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias:).
Fala mediante profetas (At 11.28: 28 - E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César. E At 21.11: 11 - E, vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo, e ligando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus em Jerusalém o homem de quem é esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios.).
Designa ancião (At 20.28: 28 - Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.).
Pode-se mentir a ele (At 5.3: 3 - Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade?).
Pode-se tentá-lo (At 5.9: 9 - Então Pedro lhe disse: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti.).
Pode-se resisti-lo (At 7.51: 51 - Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais.).
É ele a primeira testemunha da verdade do evangelho (At 5.32: 32 - E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem.). Pag. 1876.


D: Principais assuntos:


O principal assunto é apresentar a Teófilo uma narrativa fidedigna de tudo que aconteceu depois que Jesus foi elevado ao céu.
Outros assuntos também ficam evidentes no livro como, por exemplo, demonstrar que o movimento cristão não se constituía ameaça a lei e a ordem romana.


Não fica evidente a importância do livro na vida da igreja primitiva.


III. 1: Titulo:Novo comentário bíblico contemporâneo – Atos.
III. 2:Autor: David J. Wiliams.
III. 3:Editora: Vida.
III. 4:Ano:1996.
III. 5: Bibliografia:
1. J. B. Phillips, The Young Church in Action (A Jovem Igreja
em Ação) Londres: Geoffrey Bles, 1955, p. vii.
2. Veja Hengel, Acts (Atos), p. 39.
3. Hengel, Hengel, p. 38.
4. E. J. Goodspeed, Introduction to the New Testament
(Introdução ao Novo Testamento) Chicago: University of Chicago Press,
1937, pp. 187s.
5. Veja V. K. Robbins, Perspectives (Perspectivas), pp. 215ss.
6. Veja "The Book of Acts" (O Livro de Atos), em A. D. Nock,
Essctys onReligion and the Ancient World (Artigos sobre Religião e o
Mundo Antigo) Londres: Oxford University Press, 1972, vol. 2, pp. 821ss.
7. Hengel, Acts (Atos), p. 66.
8. Veja, p.e., P. Vielhauer, Studies (Estudos), pp. 33-50.
9. Hanson, p. 27.
10. Hengel, Jesus p. 110.
11. C. H. Dodd, The Apostolic Preaching and lis Development
(A PregaçãoApostólica e Seu Desenvolvimento) Londres: Hodder &
Stoughton, 1944, pp.19s.
12. Veja, p.e., Hengel Jesus p. 121: "O conhecimento [de
Lucas] das condições reinantes na Judéia durante mais ou menos os
últimos quinze anos, antes da eclosão da guerra judaica, e o interesse
Especial [desse escritor] com respeito à destruição de Jerusalém
Demonstram como ele foi influenciado por esses acontecimentos, e a eles se
“Manteve relativamente unido”.
13.Krodel, p. 15.
14. Hengel, Acts (Atos), p. 35.
15. Hengel, Acts (Atos), p. 61.
16. Dunn, Jesus, pp. 168s.
17. Dunn, Jesus, pp. 169.
18. Tucídides, History of the Peloponnesian War (História da
Guerra Peloponésia) 1.22.
19. Marshall, p. 40.
20. Bruce, Acts (Atos), p. 21.
21. J. H. Elliott, A Catholic Gospel: Reflections on 'Early
Catholicism' in the New Testament", CBQ31 (1969), pp. 213ss.
22. Maddox, p. 185.
23. F. L. Cribbs, Perspectives (Perspectivas), p. 61.
24. S. G. Wilson, Lucan Eschatology (Escatologia de Lucas),
NTS 16 (1969-70), p. 347. Veja também Hengel, Jesus, p. 107.
25. Hengel, Acts, (Atos), p. 59.
26. Maddox, p. 21.
27. C. K. Barrett, Luke the Historian in Recent Study (Lucas o
Historiador em Estudo Recente), Londres: Epworth Press, 1961, p. 63.
28. Maddox, pp. 96s.
29. Hengel, Acts (Atos), pp. 67s.
30. S. G. Wilson, The Gentiles and the Gentile Mission in Luke-
Acts
(Cambridge: Cambridge University Press, 1973), pp. 266s.
Nota: No começo deste livro há uma lista das abreviaturas empregadas
neste comentário.
A: Sobre a autoria:


Desde o inicio da igreja passando por todas as épocas, é quase incontestável que a autoria tenha sido de Lucas o medico amado.
Em grego o seu nome é LOUKAS que é uma forma abreviada de LOUKANOS, que é um indicio de que Lucas podia ser um escravo, apesar de isso ser só uma especulação, porque os nomes que terminavam em AS geralmente eram nomes de escravos.
Na historia em geral, é comum se ver escravos sendo treinados para assumir a função de médico.


Os fatos sobre o nome de Lucas, que podemos ter como concretos são os que estão incluídos na bíblia. O nome Lucas só aparece 3 vezes no N.T. (Cl 4.14: 14 - Saúda-vos Lucas, o médico amado, e Demas; 2Tm 4.11: 11 - Só Lucas está comigo. Toma Marcos, e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério.; Fm 24: 24 - Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus cooperadores.).


A declaração mais antiga que temos é a que se encontra no prólogo do evangelho ANTIMARCIONISTA que assim se inicia: pag.13 “Lucas, médico de profissão, era de Antioquia”. Alguns acreditam que Lucas tenha sido convertido no período em que os cristãos que foram dispersos desceram até Antioquia e ali pregaram o evangelho. Verdadeiramente segundo o testemunho do próprio livro de Atos a igreja de Antioquia era um grande centro cristão, onde o apostolo Paulo pelo Espírito Santo foi enviado às nações.


Na verdade a pergunta que fica é se realmente foi Lucas que escreveu o livro. A única evidência que se pode extrair do livro é o fato do autor em algumas partes colocar o pronome NÓS que indica que ele estava ali no momento da viagem. Dos companheiros de viagem de Paulo o que mais se encaixa neste quadro é Lucas.








B: Sobre a data:


Os traços culturais e políticos que se pode ver no livro só poderia ter sido escrito no primeiro séc. Porém o que se tenta descobrir é em que década deste 1º séc. o livro foi escrito. Uma das coisas que pode nos ajudar é que em atos o autor não se preocupa em falar sobre os problemas da igreja do II séc. como as heresias; os cargos hereditários; a doutrina da igreja; os sacramentos,... Etc., que colocaria o livro a uma data do II séc. Pag. 23. “Nem os apóstolos, nem Tiago, exercem direção autoritária sobre a igreja de Jerusalém, é tampouco o fazem Paulo é outros noutras cidades”.


A maioria dos autores data o livro de Atos entre 60-70 d.C.; outros preferem o especificar que foi composto antes da morte de Paulo que, se deu no tempo de Nero, cerca de 67 d.C.. Existem algumas objeções contra esta data, a principal é que, se o evangelho é Atos foram escritos no mesmo tempo sendo uma obra completa, utilizou o livro de marcos como fonte de pesquisa para o evangelho.


Pag. 24. Ainda que entendamos que esses autores exageraram em sua argumentação, parece-nos muito provável uma data ao redor de 75 d.C.; Marcos teria sido escrito no final dos anos 60, ou início dos anos 70, seguindo-se o evangelho de Lucas.


C: Sobre a teologia:


Tucídides, o historiador grego, confessou que às vezes não se lembrava quais foram às palavras que as pessoas que ele escrevera falaram, mas que se esforçava ao máximo para ser coerente ao que eles tinham falado. Acredita-se que Lucas através dos testemunhos, tanto orais como escritos, como visíveis, também tomou uma atitude como a de Tucídides.
Assim alguns hão de presumir que a teologia que é apresentada em Atos, não seja a dos apóstolos é discípulos, mas a de Lucas. Pag. 22 “diz o escritor Bruce: não são invenções de Lucas, mas resumos que no fornecem pelo menos a essência do que foi dito em várias ocasiões. Portanto, constituem fontes valiosas independentes quanto à vida é o pensamento da igreja”.
Outra coisa que se pode verificar é que mesmo que se podendo ver as marcas pessoais do autor Lucas, a teologia encontrada em Atos é a mesma que se pode verificar nas cartas de Paulo é de Pedro. Veja 5.30: 30 - O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, ao qual vós matastes, suspendendo-o no madeiro; 13.39: 39 - E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por ele é justificado todo aquele que crê; 15.13-41: 13 - E, havendo-se eles calado, tomou Tiago a palavra, dizendo: Homens irmãos ouvi-me:
14 - Simão relatou como primeiramente Deus visitou os gentios, para tomar deles um povo para o seu nome.
15 - E com isto concordam as palavras dos profetas; como está escrito:
16 - Depois disto voltarei, E reedificarei o tabernáculo de Davi, que está caído, Levantá-lo-ei das suas ruínas, E tornarei a edificá-lo.
17 - Para que o restante dos homens busque ao Senhor, E todos os gentios, sobre os quais o meu nome é invocado, Diz o Senhor, que faz todas estas coisas,
18 - Conhecidas são a Deus, desde o princípio do mundo, todas as suas obras.
19 - Por isso julgo que não se devem perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a Deus.
20 - Mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, da prostituição, do que é sufocado e do sangue.
21 - Porque Moisés, desde os tempos antigos, tem em cada cidade quem o pregue, e cada sábado é lido nas sinagogas.
22 - Então pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, com toda a igreja, eleger homens dentre eles e enviá-los com Paulo e Barnabé a Antioquia, a saber: Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens distintos entre os irmãos.
23 - E por intermédio deles escreveram o seguinte: Os apóstolos, e os anciãos e os irmãos, aos irmãos dentre os gentios que estão em Antioquia, e Síria e Cilícia, saúde.
24 - Porquanto ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras, e transtornaram as vossas almas, dizendo que deveis circuncidar-vos e guardar a lei, não lhes tendo nós dado mandamento,
25 - Pareceram-nos bem, reunidos concorde mente eleger alguns homens e enviá-los com os nossos amados Barnabé e Paulo,
26 - Homens que já expuseram as suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
27 - Enviamos, portanto, Judas e Silas, os quais por palavra vos anunciarão também as mesmas coisas.
28 - Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias:
29 - Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da prostituição, das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá.
30 - Tendo eles então se despedido, partiram para Antioquia e, ajuntando a multidão, entregaram a carta.
31 - E, quando a leram, alegraram-se pela exortação.
32 - Depois Judas e Silas, que também eram profetas, exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras.
33 - E, detendo-se ali algum tempo, os irmãos os deixaram voltar em paz para os apóstolos;
34 - Mas pareceu bem a Silas ficar ali.
35 - E Paulo e Barnabé ficaram em Antioquia, ensinando e pregando, com muitos outros, a palavra do Senhor.
36 - E alguns dias depois, disse Paulo a Barnabé: Tornemos a visitar nossos irmãos por todas as cidades em que já anunciamos a palavra do Senhor, para ver como estão.
37 - E Barnabé aconselhava que tomassem consigo a João, chamado Marcos.
38 - Mas a Paulo parecia razoável que não tomassem consigo aquele que desde a Panfília se tinha apartado deles e não os acompanhou naquela obra.
39 - E tal contenda houve entre eles, que se apartaram um do outro. Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre.
40 - E Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu, encomendado pelos irmãos à graça de Deus.
41 - E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas; 20.17-38: 17 - E de Mileto mandou a Éfeso, a chamar os anciãos da igreja.
18 - E, logo que chegaram junto dele, disse-lhes: Vós bem sabeis, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, como em todo esse tempo me portei no meio de vós,
19 - Servindo ao Senhor com toda a humildade, e com muitas lágrimas e tentações, que pelas ciladas dos judeus me sobrevieram;
20 - Como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas casas,
21 - Testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus, e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo.
22 - E agora, eis que, ligado eu pelo espírito, vou para Jerusalém, não sabendo o que lá me há de acontecer,
23 - Senão o que o Espírito Santo de cidade em cidade me revela, dizendo que me esperam prisões e tribulações.
24 - Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.
25 - E agora, na verdade, sei que todos vós, por quem passei pregando o reino de Deus, não vereis mais o meu rosto.
26 - Portanto, no dia de hoje, vos protesto que estou limpo do sangue de todos.
27 - Porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus.
28 - Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.
29 - Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho;
30 - E que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si.
31 - Portanto, vigiai, lembrando-vos de que durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar com lágrimas a cada um de vós.
32 - Agora, pois, irmãos, encomendo-vos a Deus e à palavra da sua graça; a ele que é poderoso para vos edificar e dar herança entre todos os santificados.
33 - De ninguém cobicei a prata, nem o ouro, nem o vestuário.
34 - Sim, vós mesmos sabeis que para o que me era necessário a mim, e aos que estão comigo, estas mãos me serviram.
35 - Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.
36 - E, havendo dito isto, pôs-se de joelhos, e orou com todos eles.
37 - E levantou-se um grande pranto entre todos e, lançando-se ao pescoço de Paulo, o beijavam,
38 - Entristecendo-se muito, principalmente pela palavra que dissera que não veriam mais o seu rosto. E acompanharam-no até o navio.




D: Principais assuntos:


O principal assunto no livro de Atos é: trazer o resumo do início do movimento cristão.


Não fica evidente a importância do livro na vida da igreja primitiva.


IV. 1: Titulo:Introdução e síntese do Novo Testamento.
IV. 2:Autor: Gerard Hörster.
IV. 3:Editora: Editora evangélica esperança.
IV. 4:Ano:1996.
IV. 5: Bibliografia:
M. Baumgarten, Die Apostelgeschichte, vol. 1, 2 ed. 1859, vol. 2, 2 ed. 1859; F. F. Bruce, The Acts of the Apostles, 1951, nova edição 1991; F. F. Bruce, The Book of the Acts, 1954; E. Haenchen, Die Apostelgeschichte des Lukas, vol. 1, 1986; R. Pesch, Die Apostelgeschichte vol. IV/1, 1986, vol. V/2, 1986; J. Roloff, Die Apostelgeschichte, NTD, vol. 5, 17 ed. 1981; G. Schneider, Die Apostelgeschichte, HThK, vol. V/1, 1980, vol. V/2, 1982; G. Sthälin, Die Apostelgeschichte, NTD, vol. 5, 10 ed. 1962.


A: Sobre a autoria:


O livro de Atos não menciona quem é o autor em lugar nenhum apenas ele se apresenta em alguns trechos usando a palavra NÓS que indica que ele tivesse no local (At 16.10-17: 10 - E, logo depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia, concluindo que o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos o evangelho.
11 - E, navegando de Trôade, fomos correndo em caminho direito para a Samotrácia e, no dia seguinte, para Neápolis;
12 - E dali para Filipos, que é a primeira cidade desta parte da Macedônia, e é uma colônia; e estivemos alguns dias nesta cidade.
13 - E no dia de sábado saímos portas, para a beira do rio, onde se costumava fazer oração; e, assentando-nos, falamos às mulheres que ali se ajuntaram.
14 - E certa mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que servia a Deus, nos ouvia, e o SENHOR lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia.
15 - E, depois que foi batizada, ela e a sua casa, nos rogou, dizendo: Se haveis julgado que eu seja fiel ao SENHOR, entrai em minha casa, e ficai ali. E nos constrangeu a isso.
16 - E aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem, que tinha espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores.
17 - Esta, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo; 20.5-15: 5 - Estes indo adiante, nos esperaram em Trôade.
6 - E, depois dos dias dos pães ázimos, navegamos de Filipos, e em cinco dias fomos ter com eles a Trôade, onde estivemos sete dias.
7 - E no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte, falava com eles; e prolongou a prática até a meia-noite.
8 - E havia muitas luzes no cenáculo onde estavam juntos.
9 - E, estando certo jovem, por nome Êutico, assentado numa janela, caiu do terceiro andar, tomado de um sono profundo que lhe sobreveio durante o extenso discurso de Paulo; e foi levantado morto.
10 - Paulo, porém, descendo, inclinou-se sobre ele e, abraçando-o, disse: Não vos perturbeis, que a sua alma nele está.
11 - E subindo, e partindo o pão, e comendo, ainda lhes falou largamente até a alvorada; e assim partiu.
12 - E levaram vivo o jovem, e ficaram não pouco consolados.
13 - Nós, porém, subindo ao navio, navegamos até Assôs, onde devíamos receber a Paulo, porque assim o ordenara, indo ele por terra.
14 - E, logo que se ajuntou conosco em Assôs, o recebemos, e fomos a Mitilene.
(15 - E, navegando dali, chegamos no dia seguinte defronte de Quios, e no outro aportamos a Samos e, ficando em Trogílio, chegamos no dia seguinte a Mileto; etc.).


M. Dibelius considera a introdução da palavra NÓS ao texto sagrado como que o autor escrevesse na forma de um diário pessoal.
O testemunho da igreja antiga é que este escritor foi Lucas o companheiro de Paulo.
A crítica histórica levanta as seguintes objeções contra estes fatos:
1-A estadia de Paulo em Jerusalém após sua conversão é conflitante com Gálatas 1-2.
2-Os relatos de Atos 15 sobre o concílio conflitam com Gálatas 2.
3-Paulo sempre se denominou apóstolo em suas cartas(1Co 9.1: 1 - NÃO sou eu apóstolo? Não sou livre? Não vi eu a Jesus Cristo SENHOR nosso? Não sois vós a minha obra no Senhor? ; 12.11: 11 - Fui néscio em gloriar-me; vós me constrangestes. Eu devia ter sido louvado por vós, visto que em nada fui inferior aos mais excelentes apóstolos, ainda que nada sou.; Rm 11.13: 13 - Porque convosco falo, gentios, que, enquanto for apóstolo dos gentios, exalto o meu ministério; ). Em Atos, porém Paulo só é chamado de apóstolo juntamente com Barnabé em 14.4,14: (4 - E dividiu-se a multidão da cidade; e uns eram pelos judeus, e outros pelos apóstolos. 14 - Ouvindo, porém, isto os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgaram as suas vestes, e saltaram para o meio da multidão, clamando,). Em outras passagens é feita a distinção entre ele é os apóstolos (9.26-31: 26 - E, quando Saulo chegou a Jerusalém, procurava ajuntar-se aos discípulos, mas todos o temiam, não crendo que fosse discípulo.
27 - Então Barnabé, tomando-o consigo, o trouxe aos apóstolos, e lhes contou como no caminho ele vira ao Senhor e lhe falara, e como em Damasco falara ousadamente no nome de Jesus.
28 - E andava com eles em Jerusalém, entrando e saindo,
29 - E falava ousadamente no nome do Senhor Jesus. Falava e disputava também contra os gregos, mas eles procuravam matá-lo.
30 - Sabendo-o, porém, os irmãos, o acompanharam até Cesaréia, e o enviaram a Tarso.
31 - Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galiléia e Samaria tinham paz, e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e consolação do Espírito Santo; 15.2,6: 2 - Tendo tido Paulo e Barnabé não pequena discussão e contenda contra eles, resolveu-se que Paulo e Barnabé, e alguns dentre eles, subissem a Jerusalém, aos apóstolos e aos anciãos, sobre aquela questão. 6 - Congregaram-se, pois, os apóstolos e os anciãos para considerar este assunto. 22 - Então pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, com toda a igreja, eleger homens dentre eles e enviá-los com Paulo e Barnabé a Antioquia, a saber: Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens distintos entre os irmãos; 4 - E, quando iam passando pelas cidades, lhes entregavam, para serem observados, os decretos que haviam sido estabelecidos pelos apóstolos e anciãos em Jerusalém.)
4-O discurso de Paulo no areópago não parece ser igual ao ensino de Paulo sobre a perdição do homem.
5-O autor parece não entender sobre a mensagem do crucificado, o foco do ensino paulino (a salvação ). Pag. 63.


Essas são objeções que precisam ser analisadas. Sobre a 1ª temos o quadro abaixo que traça um paralelo entre Gálatas é Atos com relação à estadia de Paulo em Jerusalém:














Como se pode ver tanto em Atos como em Gálatas é mencionado que Paulo esteve em Jerusalém após sua conversão. A questão é que em Gálatas o tempo decorrido de sua conversão até o de ter ido para Jerusalém não é declarado.


Com relação à 2ª objeção, afirma-se que em 15.7, Pedro e Tiago defendem Paulo diante do concílio, enquanto em Gálatas 2 Paulo teria se defendido diante de Pedro e Tiago. O fato é que em Gálatas 2 não se fala de uma defesa, mas ao contrário aqueles apóstolos não teriam nenhum peso sobre Paulo.
O foco em Atos era alertar os irmãos com relação aos aspectos da lei, já em Gálatas o foco é a divisão das regiões de evangelização.


Quanto à 3ª objeção, sob observação mais acurada em Atos 15.2 e 16.4 (Tendo tido Paulo e Barnabé não pequena discussão e contenda contra eles, resolveu-se que Paulo e Barnabé, e alguns dentre eles, subissem a Jerusalém, aos apóstolos e aos anciãos, sobre aquela questão; 4-E, quando iam passando pelas cidades, lhes entregavam, para serem observados, os decretos que haviam sido estabelecidos pelos apóstolos e anciãos em Jerusalém.) dá a entender que Paulo era um apóstolo acima da submissão aos apóstolos.


A 4ª objeção parece ser a mais forte, pois segundo Rm 3.21-31 “21 - Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas;
22 - Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença.
23 - Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;
24 - Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.
25 - Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus;
26 - Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.
27 - Onde está logo a jactância? É excluída. Por qual lei? Das obras? Não; mas pela lei da fé.
28 - Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei.
29 - É porventura Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente,
30 - Visto que Deus é um só, que justifica pela fé a circuncisão, e por meio da fé a incircuncisão.
31 - Anulamos, pois, a lei pela fé? “De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei.” todos estão perdidos radicalmente e separados de Deus, enquanto At 17.22ss diz que todos os homens mesmo sem saberem estão próximos de Deus.
W. G. Kümel refuta esta objeção nestes termos: Pag. 64 “mesmo admitindo a possibilidade de que numa mensagem evangelística Paulo tenha feito a relação com a cosmovisão dos gentios, é impensável que tenha substituído a mensagem da salvação escatológica tão preciosa para ele, pelo ensino estóico do parentesco de todos os homens com Deus.”
A mensagem de Atos 17 não esta em confronto com o ensino em Romanos, pois no final ele chama a confissão e a conversão. Se compararmos Atos 17 com Romanos1. 18-21(18 - Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça.
19 - Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.
20 - Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;
(21 - Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.), teríamos um tema tratado de forma semelhante, ou seja, “a revelação de Deus a todos os homens”.


Quanto à 5ª objeção há uma incoerência, pois vários textos de Atos traz a mensagem de do crucificado At 2.22-36; 3.14-20; 4.10-12: 22 - Homens israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, homem aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis;
23 - A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos;
24 - Ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela;
25 - Porque dele disse Davi: Sempre via diante de mim o Senhor, Porque está à minha direita, para que eu não seja comovido;
26 - Por isso se alegrou o meu coração, e a minha língua exultou; E ainda a minha carne há de repousar em esperança;
27 - Pois não deixarás a minha alma no inferno, Nem permitirás que o teu Santo veja a corrupção;
28 - fizeste-me conhecer os caminhos da vida; encher-me-ás de alegria na tua presença.
29 - Homens irmãos seja-me lícito dizer-vos livremente acerca do patriarca Davi, que ele morreu e foi sepultado, e entre nós está até hoje a sua sepultura.
30 - Sendo, pois, ele profeta, e sabendo que Deus lhe havia prometido com juramento que do fruto de seus lombos, segundo a carne, levantaria o Cristo, para o assentar sobre o seu trono,
31 - Nesta previsão, disse da ressurreição de Cristo, que a sua alma não foi deixada no inferno, nem a sua carne viu a corrupção.
32 - Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos testemunhas.
33 - De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis.
34 - Porque Davi não subiu aos céus, mas ele próprio diz: Disse o SENHOR ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita,
35 - Até que ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés.
36 - Saiba, pois, com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes Deus o fez Senhor e Cristo; 14 - Mas vós negastes o Santo e o Justo, e pedistes que se vos desse um homem homicida.
15 - E matastes o Príncipe da vida, ao qual Deus ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos testemunhas.
16 - E pela fé no seu nome fez o seu nome fortalecer a este que vedes e conheceis; sim, a fé que vem por ele, deu a este, na presença de todos vós, esta perfeita saúde.
17 - E agora, irmãos, eu sei que o fizestes por ignorância, como também os vossos príncipes.
18 - Mas Deus assim cumpriu o que já dantes pela boca de todos os seus profetas havia anunciado; que o Cristo havia de padecer.
19 - Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do SENHOR,
20 - E envie-o a Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado; 10 - Sejam conhecidos de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, em nome desses é que este está são diante de vós.
11 - Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina.
12 - E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.


Pag. 64. “a investigação mais acurada das objeções a um companheiro de viagem de Paulo como autor de Atos mostra que conclusões pré-concebidas influenciaram a conclusão de muitos eruditos. Nenhuma das objeções pode ser utilizada como prova conclusiva. Por isso a tradição da igreja antiga, de que Atos tenha sido escrito por um companheiro de viagem de Paulo, não ficou abalada. Segundo a tradição, pode de fato ter sido o médico Lucas, o que no entanto, não pode ser comprovado pelo texto de Atos.”


B: Sobre a data:


O que mais chama a atenção em Atos é que Lucas não fez menção à morte de Tiago o irmão do Senhor (62 d.C.) nem a perseguição de Nero (64 d.C.) e a destruição de Jerusalém (70 d.C.), o que é um forte indício de que o livro tenha sido escrito antes destes fatos.
Levando em consideração que Lucas escreveu o evangelho é logo depois o livro de Atos, seria mais coerente situar Atos em uma data ainda mais antiga.


C: Sobre a teologia:


Dentre os motivos que levaram Lucas a escrever o livro de Atos existe 2 tipos:
1º - Os questionáveis: Apesar de o livro ser denominado Atos dos apóstolos, Lucas menciona Atos de outros irmãos que não eram apóstolos é da uma ênfase muito maior a Pedro, Tiago e João, depois dá uma ênfase maior a Pedro e por último fala ainda sobre o ministério de Paulo que não era um apóstolo que teve contato com o Cristo durante sua 1ª vinda.


O livro dá um destaque muito grande às obras de Paulo, o que faz com que alguns achem que o livro era como um documento em defesa de Paulo antes do seu julgamento.


O livro de Atos retrata com detalhes sobre os problemas da igreja da época, o que leva a se pensar que Lucas queria escrever um documento sobre os conflitos existentes na igreja.


2º - Os motivos convincentes: O objetivo principal de Atos é mostrar como a mensagem a respeito de Cristo, se tornou conhecida a todos os povos.


O livro de Atos mostra, ainda que de passagem, em alguns casos, que os cristãos e, sobretudo Paulo, não apresentava nenhum perigo a autoridade romana.


Outro motivo é que: Pedro e Paulo têm atividades iguais no ministério apresentado em Atos, o que comprova o apostolado de Paulo:
Os 2 apóstolos ressuscitaram mortos (At 9.36ss; 20.9), curam coxos (At 3.1ss; 14.8ss), são libertos da prisão de modo miraculoso (At 5.19ss; 12.7ss; 16.26ss), transmitem o dom do Espírito Santo pela imposição de mãos (At 8.14ss; 19.6s); interrompe a ação de mágicos (At 8.18ss; 13.6s). Portanto é Paulo um apóstolo vocacionado como foi Pedro. Pag. 61.


D: Principais assuntos:


O autor faz um relato tendencioso sobre o cristianismo. Pag. 59: As noticias sobre a igreja primitiva, são um tanto resumidas; a comunhão de bens; o início da missão aos gentios; a perseguição por Herodes Agripa; Pedro e Cornélio; 3 vezes a conversão de Paulo.


Sobre a importância do livro, não é feito nenhuma menção clara.






V. Conclusão:


As impressões sobre os 3 livros analisados são: os 3 dão muita ênfase à crítica literal, mas deixam a desejar quanto à inspiração, a infabilidade e a inspiração bíblica.


Parece que nenhum dos 3 é reformado; Davids no novo comentário da bíblia deixa escapar alguns traços de arminianismo. Ele insiste em dizer que o Espírito pode ser resistido.
Gerard Höster em introdução e síntese ao N.T. parece ser reformado, mas às vezes parece ser liberal. Na verdade ele tem mais de reformado que de liberal. Principalmente pelo fato de que ele acredita que Lucas tenha feito um relato tendencioso na escrita de Atos.
Quanto a David J. Williams em o novo comentário bíblico contemporâneo – Atos, não parece ser nem arminiano nem liberal, mas deixa muito a desejar quanto as provas de suas afirmações.


Comparando estes 3 livros com a introdução ao N.T. de David Hale, vemos o quanto os 3 são simples, enquanto David Hale traz todo o arcabouço de informações sobre a autoria data teologia do livro é principais assuntos de Atos.


Sobre a autoria, os 3 concordam como Lucas sendo o autor; que era gentio de Antioquia da Síria; foi convertido quando os primeiros cristãos chegaram àquela cidade. Tornou-se um grande companheiro de Paulo por toda a vida.


Quanto à data, de fato os 3 colocam como principal fato: como o autor não faz nenhuma referência a datas ou a tempos de sua composição, é muito improvável determinar uma data. O que se pode determinar sobre a data é com base em inferência histórica é conjecturas. Devido ao fato de Atos não citar nada sobre a morte de Paulo é a destruição de Jerusalém que são fatos importantíssimos, podemos colocar a data de composição entre 60 e 70 d.C.


Como principais assuntos, o fato de que os cristãos não apresentavam nenhuma ameaça ao poder romano parece ser o mais evidente.
Sobre a aplicação do livro na igreja, os 3 não deixam claro como o faz David Hale.

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