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João Pessoa, Paraíba, Brazil
Filho de Antonio Gomes da Silva Netto e Rosilda Lucia Quaresma; nasci em Niterói, RJ, verão de 1982; passei toda minha infância em Jabitacá, PE; estive em convivência tanto no campo como na cidade, cuidei de gado na adolescência os quais minha avó criava , e trabalhei na biblioteca da escola na juventude. Minha conversão se deu no dia 24 de Dezembro de 1998 através do assembleianismo ao qual comunguei por 9 anos. Estudei o 2º grau, e, no ano 2000, aos 18 anos vim morar em João Pessoa, onde me casei com Priscila, e tivemos 2 filhas, Ester e Júlia. Hoje sou formado em Técnico em mecânica pelo Cefet-PB.Fui seminarista da Igreja Presbiteriana Fundamentalista do Brasil. Em 2014 concluí o Curso de Bacharel em Serviço Social. Estou orando para que este Blog sirva à Deus como instrumento de propagação da nova a respeito de Cristo.

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quarta-feira, 31 de março de 2010

Quais os principais passos da caminhada Cristã?


[SERMÕES PESSOAIS]

Texto: Carta aos Hebreus capítulo 6 versículos de 1 à 3: "Pelo que, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até à perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus, e da doutrina dos batismos, e da ressurreição dos mortos, e do juízo eterno. E isto faremos se Deus o permitir".


INTRODUÇÃO


A carta aos Hebreus originalmente foi endereçada aos cristãos judeus que residiam em Roma, por volta dos anos 64-68 d.C. sob o domínio de Nero César. Eram judeus de fala grega que haviam sido convertidos ao cristianismo havia já 30 anos. Viviam em Roma entre a cultura pagã romana que era caracterizada pela adoração de vários deuses e seus desejos irracionais além de, praticarem todo tipo de brutalidade e nem existir nenhum pudor. Enquanto os cristãos de Roma se preservavam em viver em santidade, muitos habitantes romanos circulavam naturalmente despidos de maneira que aquilo era algo extremamente normal para a sociedade; era a cultura daquela época. Eles estavam sofrendo perseguições, que era o motivo de alguns terem sido expulsos da cidade e estarem dispersos em outras províncias distantes de seus familiares. Eles estavam tentados a voltarem a sua vida religiosa anterior para poderem escapar dos perseguidores. A sua liderança ministerial estava tendo mudanças que ocasionou a antipatia de alguns para com os novos líderes.


Estavam pondo em dúvida sua crença achando que Deus os havia desamparado. As perseguições eram por causa do fato de terem abandonado as práticas e tradições judaicas exercida pela comunidade judaica em Roma por causa de sua nova confissão.


Por isso os habitantes romanos foram incitados a expulsar alguns da cidade, outros serem proibidos de participarem do templo e, ao mesmo tempo, tentavam trazê-los de volta ao Judaísmo. Ao saber disso o autor que conhecia cada um crente pessoalmente daquela comunidade, envia-lhes esta carta, com a finalidade de: "Fortalecê-los exortando-os a permanecerem em Cristo".


Podemos perceber claramente 26 destas exortações. Uma destas exortações que é de grande importância é que ele declara o paradoxo entre fé e obras, que ele diz: "Deixemos-nos levar para o que é perfeito".


Baseado nestes fatos iremos tratar do tema: "Quais os principais passos da caminhada Cristã?"


DESENVOLVIMENTO


1º - Aos Hebreus capítulo 2 versículos de 1 à 4: "Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos. Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; DANDO DEUS TESTEMUNHO JUNTAMENTE COM ELES, por sinais, prodígios e vários milagres E POR DISTRIBUIÇÃO DO ESPÍRITO SANTO, segundo a sua vontade."


A IMPORTÂNCIA DECISIVA DA SALVAÇÃO SER ANUNCIADA


Logo depois do autor fazer um tratado no capítulo 1 estabelecendo a superioridade do sacerdócio de Cristo, ele se empenha a afirmar a importância da anunciação do evangelho.


Podemos tomar como referência o que o nosso Senhor falou em Marcos capítulo 16 versículo 15, onde o Senhor estabelece a função primária de compartilhar o evangelho com todas, as pessoas.


A nossa "confissão de fé" Westminster no capítulo 7 artigo 6 declara: "Sob a dispensação do evangelho, quando Cristo, a substância, Deus encarnado, se manifestou, as ordenanças, nas quais este pacto "(o pacto entre Deus e o homem)" é ministrado, passaram a ser a pregação da palavra, e a administração dos sacramentos do Batismo e da Santa Ceia do Senhor."


Ou seja, o que a confissão de fé está dizendo é, que a tarefa essencial da Igreja é a anunciação do evangelho, que traz a consciência de Cristo e através desta as pessoas confessam a Cristo e são batizadas podendo receber a Santa Ceia do Senhor.


Cristo fez uma severa advertência a falar do compartilhamento das coisas do Senhor, quando citou a parábola dos talentos. No evangelho segundo Mateus capítulo 25 versículos de 14 a 30 vemos as consequencias de se negligenciar o que é digno ao Senhor. Neste trecho está escrito que certo homem confiou alguns valores para seus servos a cada um segundo sua capacidade, mas ao final de tudo nem todos souberam o que fazer com aqueles valores, e um deles foi chamado de inútil e castigado por isso.


Vejamos; se nós negligenciarmos a realização deste mandamento do Senhor, Ele como nosso Pai tem todo direito de nos corrigir. Será que o que estava acontecendo com "Os Hebreus" não era consequencia de terem escondido o que o Senhor lhes entregara?


Será que nos primeiros instantes eles deram ouvido a voz do Espírito Santo e não endureceram os seus corações para não saírem por Roma e anunciar a verdade que conduz a Salvação?


Será que não se tiveram tímidos ou indiferentes?


2º - Aos Hebreus capítulo 13 versículo 5: "Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma, te deixarei, nunca jamais te abandonarei."

ENTREGAR NOSSA VIDA À LIBERALIDADE

Este também é um dos passos que devemos dar. A palavra aqui utilizada nos textos originais é "aphilarguros" que significa "amor ao dinheiro". Esta mesma palavra grega só se acha em 1 Timóteo capítulo 3 versículo 3 onde aparece uma lista de vícios e a avareza é um deles.
Se pararmos para raciocinar qual a finalidade principal das bênçãos materiais que nosso amado Deus nos dá, chegaremos a conclusão que é para reconhecermos a Ele como o doador de tudo.
Quando o autor "aos Hebreus" fala usando as palavras do amado Deus: "De maneira alguma, te deixarei, nunca jamais te abandonarei" ele está justamente querendo enfatizar o cuidado que nosso Deus tem por nós.
Então se reconhecemos que Deus é o doador de tudo, porque não lhe agradecer com aquilo que Ele requer de nós?
Podemos verificar esta atitude de agradecimento em Aos Hebreus capítulo 7 versículo 4 que diz: "Considerai, pois, como era grande esse [Melquisedeque] a quem Abraão, o patriarca, pagou o dízimo tirado dos melhores despojos." Vemos que Abraão devolveu ao Senhor aquilo que lhe era devido (o dízimo).
Existe no Brasil uma denominação que critica veementemente a questão do ofertório. Eles dizem que esta prática era do Velho Testamento e não do Novo Testamento; e chegam a dizer que serão condenados aqueles que continuarem contribuindo hoje em dia. Mas, os mesmos fazem campanhas para construção ou compra de algo mais caro, contrariando o seu próprio ensino. Deveriam os tais não contribuir de forma alguma.
Vejamos o que está escrito no livro do profeta Malaquias capítulo 3 versículo 10: "Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exercítos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida." O nosso ofertório é para manutenção da casa do Senhor e ela depende disso.
Há uma frase do grande teólogo da Reforma que diz assim: "raramente se sucede que um homem avarento seja satisfeito com alguma coisa; pelo contrário, aqueles que não se contentam com uma partilha moderada, sempre buscam, até mesmo, mais do que quando desfrutam de maior abundância"
Ou seja, a ganancia nos levará a desconfiar de Deus, e passarmos a buscar desordenadamente as vantagens temporais. Quando assim fizermos certamente a nossa barganha será péssima.
Uma boa visão do princípios do ofertório é:
1-Devemos fazer nosso ofertório porque nosso amado Deus nos deu algo, assim como foi o caso de Abraão.
2-Deus tem todo direito de requerer uma parte daquilo que Ele dá segundo seu eterno propósito.
3-Deus olha tanto para a posição espiritual da pessoa como para o que é ofertado. Os sentimentos de quem faz a oferenda são decisivos. Devemos fazê-lo com amor.
4-Não pode ser feita premeditadamente em troca de algo; Deus não negocia. Não deve ser feita por hábito, nem por pressão de outros. Devem ser feitos com alegria e não com constrangimento. O mesmo é aplicável as oferendas espirituais. Nosso culto, nossa oração, nossa devoção em acreditar na mensagem como sendo o conselho de nosso Senhor.
5-O ofertório traz bênção para o povo de Deus, mas isso não quer dizer que seja somente bênçãos materiais. Ter uma vida agradável, saúde, trabalho, uma vida familiar feliz são bênçãos de nosso amado Deus.
6-Enfermidades, pobreza e perdas, não são consequências de quem não oferendou o suficiente.
7-A bênção espiritual é muito mais importante que a bênção material:
A Eleição Divina.
Conhecer a vontade de Deus.
O selo do Espírito Santo.
A herança da vida eterna.
E por fim, ter uma Fé pura também é uma bênção espiritual.
8-Ter o desejo de continuar fiel até o fim no meu ver também é uma bênção espiritual.

3º Aos Hebreus capítulo 13 versículo 1: "Seja constante o amor fraternal."
TER COMUNHÃO UNS COM OS OUTROS
Como último ponto do que é fundamental para a caminhada dos servos do senhor é: "ter comunhão uns com os outros". Podemos ver isso quando o autor os exorta a que o amor fraternal seja constante. O amor fraternal é aquele amor que deve existir na igreja, de irmãos para irmãos. Os hebreus precisavam unir-se cada vez mais através do amor fraternal.
A verdade de que devemos amar os nossos irmãos é evidenciada pelo nosso Senhor. Ao raciocinarmos sobre o amor fraternal, podemos extrair por inferência, ou seja, a relação que existe com o que Cristo ensinou: Livro de João, capítulo 13 versículo 34:"Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros." Nosso Senhor deixa como novo mandamento para seus filhos, que se amem assim como ele nos amou e se entregou a si mesmo.
Tomemos como exemplo uma família, onde tem o pai a mãe e um filho. Convenhamos que esta mãe está gestante e chega o momento do nascimento e vem ao mundo uma criancinha. Esta pequena criancinha em seus momentos iniciais de convívio com sua família, o pai, mãe e o irmão maior, passará a conviver com eles em tempo integral. A medida que ela vai crescendo vai aprendendo a andar, a falar, a interagir diretamente com sua família. Quando ela passar a compreender as coisas ela vai doar o seu afeto em 1º lugar a sua família. A analogia disso é que: Os irmãos de uma Igreja devem amar naturalmente em 1º lugar os da sua própria Igreja local.
Na 1ª carta do apóstolo Paulo aos Coríntios capítulo 13 versículos 1 ao 3 diz assim: "Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará."
O que podemos concluir do ensino aqui é que "o amor é o dom supremo". Se tivermos este amor poderemos nos aproximar-nos do que nosso Senhor mandou. O apóstolo Jõao afirma que: "Aquele que não ama não conhece a Deus".
Existe um hino que fala sobre o amor que é assim:
Amai-vos, amai-vos uns aos outros
Tanto o quanto eu vos amei
Amai-vos, amai-vos
São palavras de Jesus, o Grande Rei (o Grande Rei)
É o novo mandamento de esperança, vida e luz
Que saiu dos lábios santos, santos lábios de Jesus
Amai-vos, pois, quem ama cumpre a lei
Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.


Então, que fazer para ter comunhão uns com os outros?
1-Devemos participar dos cultos e da santa ceia do Senhor, com o coração convicto de que estamos entre nossa família bem amada.
2-Ter por comum visitar os irmãos em suas casas.
3-Que possamos nos doar em favor dos outros irmãos, assim como o nosso Senhor o fez.
4-A participação nas programações da Igreja, também contribui para o desenvolvimento desta comunhão.

CONCLUSÃO

Em resumo, de tudo que foi ensinado sobre os hebreus, que são os principais passos que devemos como servos do senhor fazer, podemos chegar a conclusão:
1-A tarefa primordial da Igreja é evangelizar, independente de qualquer situação em que nós estejamos.
2-Para que haja manutenção na casa do Senhor é necessário que sejamos mantenedores. Esta manutenção envolve tanto a área financeira da Igreja como a área espiritual.
3-Por último, a comunhão fraternal que é vinda do amor puro é uma evidência que possuímos o dom do Espírito Santo. O grande reformador asseverou: "Não podemos ser Cristãos verdadeiros sem sermos irmãos de verdade".
Portanto irmãos cabe a nós refletirmos sobre estas verdades faladas e nos empenharmos a não ficar indiferente mas abraçar o conselho de nosso amado Deus.
Os hebreus entenderam muito bem o que o autor estava lhes exortando. Que cada um de nós também possamos entender o que a sabedoria de nosso Deus está nos ensinando.



quinta-feira, 25 de março de 2010

John Knox: O Patriarca do Presbiterianismo.




[SERMÕES PESSOAIS]





Baseado em biografia 1483-Nascimento de Lutero.
1509-Nascimento de Calvino.
1514-Nascimento de John Knox.
1517-Dia 31 de Outubro, dia da Reforma (afixação das 95 Teses de Lutero na abadia de Wittenberg).
1525-Ata do parlamento escocês contra o luteranismo. 1536-Confissão Helvética(Suíça) de Calvino.
1545-Conversão de John Knox.
1546-Morte de Lutero.
1547-Concílio de Trento (Igreja Católica Apóstolica Romana (ICAR)). Cativeiro de John Knox nas galés francesas.
1549-Liberdade, volta para a Inglaterra.
1551-Nomeado capelão inglês.
1554-Foge para Genebra por causa da perseguição.
1555-Retorno à Escócia e casamento.
1558-Protesto contra a Rainha.
1560-Publicação do "livro de disciplina".
1564-Após alguns anos viúvo contrai segundo casamento.
Morte de Calvino.
1572-Noite de São Bartolomeu (24 de Agosto).
Morte de John Knox (26 de Novembro).



[INTRODUÇÃO]

John Knox ficou conhecido como "a trombeta de Deus", que tocava em alto e bom som e ninguém podia escapar.Podemos citar como sendo os pilares da reforma protestante: O monge agostiniano Martinho Lutero da Alemanha. Ulrico Zwínglio, nos lugares mais distantes da Suíça. João Calvino, nas terras francesas, embora morando na Suíça. E John Knox; pregador, patriota, apóstolo da Escócia e patriarca do presbiterianismo.
Destes 4 pilares da Reforma, Lutero e Calvino se sobressaem ainda mais: Lutero o cavalheiro da Fé, campeão da liberdade Cristã, que desafiou o imperador e o Papa, e saiu vitorioso pela verdade de Deus. Calvino o teólogo magnífico, o profeta dos novos tempos, o estadista da causa reformada. O elucidador coerente e completo do Sistema doutrinário que se encontra na Sagrada Escritura, ainda hoje aclamado como a suprema expressão teológica, o "Calvinismo".
John Knox embora pouco conhecido merece também crédito e é citado ao lado de Lutero e Calvino como os luminares que clareou o caminho da Reforma.

[COMPLICAÇÃO]

ORIGEM

Nasceu em 1514 e Haddington na Escócia. Era filho de William Knox, agricultor, e de mãe de uma família de destaque e que tinha bastante motivo de se orgulhar de sua descendência. Conclui-se que era de família honesta e respeitada da Escócia. Sua mãe faleceu quando ainda era criança.

SITUAÇÃO POLÍTICA DA NAÇÃO

Já havia 2 séculos que a Escócia estava livre do Reino inglês mas ainda temia uma reviravolta no atual quadro.
A Igreja Católica (ICAR) abocanhava metade da singela riqueza da Escócia.

JUVENTUDE

John Knox se interessou pela carreira como sacerdote romano muito cedo, e para isso estudou a escola preparatória, conheceu o latim, depois ingressou na universidade de Saint Andrews para formação académica, não chegando a colação de grau mas adquiriu conhecimento suficiente para atingir seus interesses. Tornou-se sacerdote da ICAR, atuando a princípio em cargos burocráticos.

MATURIDADE

Desempenhou por quase 10 anos sua função sem se preocupar nem se envolver com o assunto da Reforma. Até o dia em que ouviu do professor universitário John Major algumas coisas sobre a corrupção que manchava a Igreja.
O principal assunto que começou a azucrinar John Knox era: Como poderia a ICAR ser uma instituição divina e sagrada, depósito de toda graça e poder divino e, ao mesmo tempo agasalhar tanta degradação e mundanismo, tanta corrupção e miséria?

O DILEMA

E agora o que fazer: Deixa-la desiludido e revoltado ou lutar para reformá-la, expurgando-a de tudo que a manchava?

PREPARAÇÃO

A decisão veio quando se deparou com a "oração sacerdotal de Cristo" no evangelho segundo João, no capítulo 17; ele viu qual o padrão de santidade e comunhão que a Igreja deveria viver.
Neste tempo houve o martírio de um renomado professor universitário e sacerdote chamado Patrick Hamilton, por pregar os ensinos luteranos.
Para evitar que fatos como este se repetisse o parlamento Escocês em 1525 assinou um ato contra o luteranismo proibindo que fosse ensinado entre o povo; mas era pouco respeitada esta ordem do parlamento.
População de meio milhão de pessoas, riqueza bastante modesta, a Escócia não tinha força para resistir a ameaça inglesa e da ICAR.

CONVERSÃO

É somente em 1545 que John Knox surge decidido, ousado, aguerrido pronto para a dura luta que lhe marcaria a vida. Nesta mesma época surge George Whisart, um herói corajoso que ensinou tudo que pode para John Knox, que viria a se tornar seu escudeiro, guarda costas e fiel discípulo.
George Whisart, traduziu a confissão helvética/Suíça de 1536 para o inglês o que fez com que John Knox adotasse a teologia Calvinista, que um dia passaria a ser implantado no presbiterianismo escocês.
Em 1º de Março de 1546, preso para supostamente explicar porque estava trazendo ensino herético, George Whisart é condenado a fogueira santa da inquisição, onde o próprio carrasco relutava pedindo perdão, sem coragem de acender as chamas; George se inclina e beija o rosto do carrasco dizendo que o pedido seria concedido.
Morreu George Whisart e John Knox fica ainda mais convicto de sua chamada.

FATOS RELEVANTES

Em 1546 falecia Lutero e Zwínglio já era falecido desde 1531, Calvino estava sendo bem sucedido em suas atividades. Em 1547 o Concílio de Trento é estabelecido sob o Papa Paulo 3º, decidido mover contra os reformistas uma guerra de extermínio, "a contra reforma".

INÍCIO DE ATUAÇÃO

Nesta mesma época John Knox continuava pregando contra as corrupções e desmandos da ICAR. Com isso ganhava grande admiração da sua gente.

CATIVEIRO

Neste ano (1547) as forças armadas da França em zelo ao romanismo e ao Rei, invadiram a Escócia e levaram cativos para as galés francesas a muitos e entre eles estava John Knox.
Preso, sendo açoitado, e em estado vegetativo, aos 33 anos, viveu em condições sub-humanas por 19 meses.

LIBERDADE E PRESTÍGIO

Fevereiro de 1549, Jhon Knox estava de volta mas teria que se refugiar por 5 anos em solo inglês. A Inglaterra o acolheu com respeito e simpatia, onde exerceu o seu ministério pastoral, chegando bem próximo de influenciar até o Anglicanismo, fato que não teve total êxito.
Em 1551 foi nomeado um dos 6 capelães da realeza inglesa, o que lhe dava oportunidade de pregar a seleta corte e ao rei Eduardo 6º que tinha apenas 14 anos de idade.
Perseguido por seus opositores Jhon Knox precisou sair da Inglaterra para não se assassinado, e viajou à França para se refugiar entre os Huguenots, um grupo de reformistas franceses, mas a perseguição a Reforma era grande.

EM GENEBRA

Então em 1554 ele se refugia no melhor lugar para os reformadores, Genebra, onde a Reforma sobretudo devido a Calvino estava cada vez mais tendo aceitação. Foi em Genebra onde John Knox teve uma compreensão, maior da doutrina Calvinista, tendo a oportunidade de estar com o próprio Calvino.

RETORNO DEFINITIVO

Em 1555 John Knox retorna a Escócia e se casa com Marjorie Bowes, noiva que esperou 3 anos pelo casamento, onde teve depois 2 filhos Nathaniel e Eleazer.
Desta vez a Escócia estava um pouco mudada, sobretudo a juventude que agora aspirava ainda mais pela liberdade civil e religiosa.
John Knox acreditava que agora seria mais positivo em sua proclamação, insistia ele que se restaurasse a real Igreja de Cristo, em conformidade com as escrituras, em vida piedosa e Fé esclarecida, e que fosse removida toda a parafernalha romanista colocada na liturgia.
Fazia objecções principalmente a Missa ato que considerava abominável e maldito, uma invenção humana que deturpava o sacrifício de Cristo na Cruz, abominável idolatria que de forma alguma agradaria a Deus.
Queria uma Igreja Pura e Fiel, Verdadeira Igreja de Cristo, uma Igreja que Cristo fosse a cabeça e não o homem nem muito menos o Papa.
Essa era a Igreja que ele sonhava para sua amada Escócia.

ATAQUE A RAINHA

Em 1558 John Knox publicou seu inflamado/incendiário protesto, onde declarou ser um ato contrário a vontade de Deus que a Rainha governasse como vinha fazendo, dando liberdade para a ICAR perseguisse os reformistas em solo Escocês.

GANHANDO TERRENO

1º de Julho de 1559, em Edimburgo a capital, estava lotada de cristãos reformistas na Catedral de St. Gilês, John Knox ministrava a palavra aos mais ilustres do País. Nesta época de avanço, o parlamento escocês elaborou um mandato em que ficou determinado que: Era absolutamente proibido que se realizasse Missas Católicas no país; e que, os que fossem encontrados na prática teriam suas vidas ceifadas.
Acreditavam eles que assim como Davi matou os filisteus que estavam profanado a arca do testemunho, eles também deveriam matar os que celebrassem culto idólatra à Deus.
Então a Rainha que era Católica chamou os sacerdotes católicos até seu palácio e realizou Missa. Os reformistas do parlamento não puderam fazer nada contra a Rainha.
Em 1560 John Knox terminava seu "Book of discipline" (livro de disciplina) onde estava declarado a maneira que a Igreja deveria se comportar em várias áreas. Este foi motivo de discussão no parlamento. Os que não simpatizavam com John Knox levantaram várias objeções ao livro. A principal era a respeito de bens que o estado deveria ceder a Igreja.

CHEGADA DE NOVA SOBERANA

Em 1561 sobe ao trono Maria Stuart, jovem criada na França, que logo na chegada mandou que se realizasse Missa no castelo.
John Knox ao saber do acontecido pregou na catedral de St. Gilês um eloquente protesto contra a Rainha, falando que melhor seria que as tropas francesas invadissem o país do que ter um único sacerdote católico pisando em sua terra.
Maria stuart o convoca a uma audiência para saber porque John Knox estava falando mal da Rainha, ainda que a noticia tinha chegado a ela deturpada.
Temeroso e desconfiado ele foi para a audiência, onde com a graça de Deus ele soube responder a Rainha.
Em 1563 John knox prega um sermão, agora contra todos aqueles que não se dedicavam a causa reformista, e o principal motivo era que por 3 anos o livro de disciplina ainda não havia sido aprovado. Como envolvia motivos políticos, muitos se revoltaram contra John Knox e o abandonaram.
Em face destes acontecimentos o ódio que a Rainha tinha contra John Knox aumentava cada vez mais. Ela ainda o convocara para outras audiências tentando fazer com que ele mudasse de atitude, mas o sábio John Knox agora com 49 anos soube dar-lhe resposta a todas as investidas da Rainha.

AUMENTA A CONTRA-REFORMA

Foi somente em 1563, 18 anos depois do início do concílio de Trento pela igreja católica que, sob o poder do Papa Pio 4º a igreja romana avançou com todas as suas forças contra a igreja reformada, onde o principal alvo era combater o protestantismo, e impor de qualquer forma o domínio da Igreja romana, coisa que há muito havia sido derrotado na Escócia.

AUGE DE SUA ATUAÇÃO

Tendo saído John Knox vitorioso de todas as investidas para o derrubar pela Rainha Maria Stuart e por muitos parlamentares, ganhou ainda maior prestígio do povo e da própria corte, a sua popularidade estava em alta e, no natal de 1563, foi realizado a assembléia geral da Igreja.
Foi por essa época que John Knox afirmou que optava por uma forma de governo que fosse escolhido pelo povo, com cada representante com condições para exercer seu ministério; estes recebendo o nome de presbíteros que no Novo Testamento significa "mais velhos ou anciões".
Foi assim que o nome de john Knox ficou ainda mais associado ao da origem do presbiterianismo escocês.
26 de Março de 1564 John Knox viúvo já à 3 anos contraíu novo casamento com Margaret Stuart; esta lhe daria 3 filhas, Martha, Margaret e Elizabeth, que viriam a cuidar dele quando contraiu sua doença que o levaria a morte.
No dia 25 de Julho de 1565 reuniu-se a 8º assembléia geral da Igreja Reformada Escocesa. Maria Stuart a soberana não abrandava sua política anti-reformista.
No dia 26 de Julho de 1567, foi o dia em que conseguiram retirar o poder da soberana e passa-lo para o conde de Maray que era da família real.
Maria Stuart foi presa mas conseguiu escapar da prisão.
Apenas com 25 anos de idade Maria Stuart esperimentava o que era glória e o que era sofrimento e frustração. Ela refugiou-se na corte inglesa sob o poder da Rainha Elizabeth 1ª, mas 20 anos depois, quando ficou sabendo de uma conspiração tramada por Maria Stuart, mandou decapta-la, em 1587.

[DESFECHO]

ÚLTIMOS MOMENTOS

Em 25 de Março de 1571, amparado pelos braços, deixa John Knox a capital Edinburgo e vai morar em St. Andrews, cidade onde muito conviveu na juventude.
Em 7 de Setembro de 1572 chega a notícia de que na França apartir do dia 24 de agosto, até o dia 3 de Outubro, aconteçeu a matança que ficou conhecida como "noite de São Bartolomeu" em que a família Guise da corte françesa em zelo pelo catolicismo, desencadiou sua fúria matando na fogueira da Santa Inquisição cerca de 120.000 protestantes Huguenotes, fato que foi muito festejado pelo Papa Gregório 13.
No dia 1º de Setembro John Knox pregou um sermão onde chamou o Rei da França de assassino; palavra esta que não agradou a muitos mas, ninguém conseguia refrear-lhe a língua.
A derrota dos reformistas na França foi completa e jamais eles conseguiram se erguer.
9 de Novembro de 1572, John Knox celebrou seu último ato público, nomear o seu sucessor para a igreja de St. Gilês e após retirou-se para sua residência donde não mais sairia com vida.

DESPEDIDA

Agravava-se mais e mais sua saúde e não cessava de chegar visitas na sua casa para o verem talvez pela última vez.
Ao anoitecer do dia 23 de Novembro de 1572, antes de dormir recitou pausadamente a "Oração do Senhor" e depois se lamentou: Ó Igreja, Ó Igreja, Ó Igreja.
Ao amanhecer do dia seguinte pediu para sua mulher fazer a leitura do capítulo 15 da carta do apóstolo Paulo aos Coríntios. Um pouco antes das 11 da noite deu ele o último suspiro e partiu para o encontro com o Senhor.
Tinha o grande homem 59 anos quando faleceu, e sem dúvida se espalhou um sentimento de profunda perda por toda a Escócia.
Na lápide de sua sepultura está gravado: "Aqui jaz um homem que a ninguém bajulou, nem temia a ningém.
Seus 2 filhos do 1º casamento Nathaniel e Eleazer foram devidamente assistidos pelo estado assim como sua segunda família.

MEMÓRIAS

A frase que ele mais usava era: "A ningém corrompi, a ninguém defraudei, não acumulei bens à custa da exploração de ninguém".
John Knox nunca foi um cavalheiro refinado, um homem cortez; era um diamante que precisava ser lapidado, nunca foi um homem de gentilezas; na verdade nunca respirou confortável no meio refinado e pomposo dos ricos, demasiado artificial e sem valor para o seu gosto pessoal. Era petrificado as fascinações dos palácios, ao seu luxo e ostentação.
Este foi John Knox, "a trombeta de Deus", o gênio do protestantismo escoçês, o apóstolo da Fé reformada em seu país, o Patriarca do Presbiterianismo.

O QUE ACONTECEU DEPOIS

A obra de John Knox se perpetuou nem tanto apartir de sua época, pois quando morreu a Igreja ainda estava amadurecendo, mas em sua descendência espiritual. Não se limitou apenas a Escócia mas se espalhou pela Inglaterra até chegar com os aventureiros em 1620 a bordo do navio MAY FLOWER as terras norte americanas.
Desses a 2ª geração foi enviado e em 12 de Agosto de 1859 aportava no Rio de Janeiro, Ashbel Green Simonton, o pioneiro do presbiterianismo no Brasil.

[CONVOCAÇÃO]

Que cada um de nós deixemos de lado cada dia mais os praseres deste mundo e andemos nas pisadas de John Knox, com convicção de que estamos assim sendo fiéis ao Senhor e a sua Palavra, no serviço a Igreja de Cristo.

AMÉM



quarta-feira, 24 de março de 2010

Sobre as Escrituras.



[DOCUMENTOS PESSOAIS]


Quem nunca comprou um brinquedo para o seu filho e se deparou com um manual de instruções de como montar o brinquedo, mas, se aventurou em montar sem ler o manual?
Depois de ter montado até certo ponto teve que ler o manual de instruções porque não conseguir montar corretamente.
Só depois de fazer o errado é que procurou fazer o certo.


Manuais de instrução, normas, regras, o ser humano sempre precisou disso.

Desde o início da civilização humana, ou seja, desde que o ser humano começou a viver em grupos, se fez necessário que existisse normas e regras de conduta, que regulariam os direitos e deveres de cada cidadão. Partindo deste princípio é que as civilizações chegaram as Constituições dos estados federativos, ou seja, de cada Nação. As Constituições dizem quais os direitos e deveres mas também, priva os cidadãs de seus bens maiores, como a vida, a liberdade, caso seja ela desobedecida.




Deus também quis estabelecer um meio de norma para seus filhos:


"Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra." Segunda carta do apóstolo Paulo à Timóteo, capítulo 3, versículos de 16 à 17.




O que você acha sobre que existam regras e normas que digam como deve ser a conduta de uma pessoa? Você acha que é legal ou não? E sobre os direitos, você gostaria de tê-los em sua vida?




Esta norma que Deus estabeleceu para seus filhos é a Sagrada Escritura, a qual tem todo o conselho ou ensino que Ele quis comunicar para eles: "sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo." Segunda carta universal do apóstolo Pedro, capítulo 1, versículos de 20 à 21.


Assim é que, a Sagrada Escritura é quem indicará qual a vontade de Deus para as suas vidas; mas para isso deve ser amada e, atendido o que se vê e ouve das suas palavras.




Apenas a Sagrada Escritura é o meio pelo qual se conhece quais os direitos e deveres para com Deus, é ela quem mostrará o Caminho para se chegar até o que Deus tem para cada um.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Sobre Fé




[DOCUMENTOS PESSOAIS]

As àguas do rio Amazonas entram oceano a dentro com tanta força que ainda há àgua doce a grande distância da areia da praia. Certo navio não tinha mais àgua potável a bordo, e os tripulantes, longe da terra firme, fizeram sinal para outro navio, pedindo àgua para beberem. Os tripulantes do navio sem àgua demoraram muito tempo para acreditarem na resposta que receberam: "Desçam os baldes no oceano, porque é de àgua doce". Finalmente depois de algum tempo decidiram experimentar e lançaram os baldes e, descobriram que estavam cercados de àgua doce.

Nós também estamos cercados por tods os lados por Deus, e tantas vezes não acreiditamos neste fato, deixando de lançar nossos baldes para bebermos da àgua que Ele tem para nos dar.
A Fé é isso que vemos nessa ilustração, é acreditar acima de nossas idéias e conhecimento; é crer em algo que não conhecemos.

Fé significa acreditar em alguma coisa ou pessoa. A Bíblia diz que Fé é acreditar em coisas que não se vê mas que se espera alcançar: "Ora a Fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem. Pois, pela Fé, os antigos obtiveram bom testemunho. Pela Fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio existir das coisas que não apareçem." Carta aos Hebreus capítulo 11 versículos de 1 ao 3.

Você já se encontrou em uma situação parecida com essa? Como você se sentia? Você pensou em desistir?

A Bíblia também diz que é o Senhor Jesus Cristo, quem deposita em nossa vida a Fé para acreditarmos em Deus. Veja o que diz em aos Hebreus capítulo 12 e versículos de 1 ao 2: "Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmimente para o Autor e Consumador da Fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus."
Podemos perceber que devemos correr para Deus sem nenhum embaraço, porque o Senhor Jesus Cristo já nos deu a sua Fé e a cada momento Ele melhora essa Fé na nossa vida para acreditarmos em Deus mesmo sem vê-lo.

Se você acredita em Deus, logo você tem Fé; e agora que você tem esta Fé, prescisa confessar para o Senhor Jesus Cristo que Ele é o único Salvador da sua vida. Lançe os seus baldes para beber dos rios de Deus.

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