[DOCUMENTOS PESSOAIS]
AUTOR: Darrell L. Bock.
EDITORA: Shedd publicações.
PUBLICAÇÃO: Abril 2006.
INTRODUÇÃO
Na introdução do livro o autor deixa claro que o objetivo do livro não é trazer uma mostra do Jesus histórico (da historia), mas, buscar conhecer o Jesus multifacetário nas diversificações dos evangelhos.
SÍNTESE
Os escritores dos autógrafos dos evangelhos, para o autor, utilizaram o material existente na época, selecionando aquilo que era sua ênfase sobre Jesus, fazendo com isso que a diversidade nos evangelhos fosse tão grande.
Panorama de Mateus, Marcos, Lucas e João:
O autor destaca que os evangelistas ao escreverem tinham principalmente em mente alcançar toda é qualquer igreja aonde seus evangelhos chegassem.
Esboço de Mateus:
O autor coloca a seguinte estrutura: pag24.
I.o prólogo: Deus conosco, rei dos reis, nascido de Deus 1.1-2.27.
II. Introdução: João batista preparando o caminho 3.1-4.11.
III. O messias confronta Israel na Galileia e sofre rejeição 4.12-12.50.
IV. Respostas: reino, provisão, aceitação, chamado para os discípulos, e, rejeição 13.1-20.34.
V.o messias inaugura o reino por meio da rejeição é da vindicação 21.1-28.20.
O autor mostra que para Mateus o principal objetivo era mostrar o relacionamento de Jesus com Israel é sua conseqüente rejeição.
O autor traz um parágrafo para cada evangelho chamado questões introdutórias onde ele mostra algumas informações sobre a autoria, data e ambiente de composição.
Em Mateus, a autoria, segundo Papias é, associada a Mateus que, teria reunido informações a respeito de Jesus (Eusébio, eccl.hist. 3.39.16.). Várias citações dos pais da igreja do 2º séc. colocam Mateus como autor do livro.
O autor fala a respeito da data de Mateus colocando que as primeiras citações da data remontam aos tempos de Inácio (to the smirnaeans [para os esmirneus] 1.1; to Policarp [para Policarpo] 2.2) que morreu por volta de 107 d.C.
Inácio da a entender que o período da escrita de Mateus tenha sido concluído antes da destruição do templo, sobretudo devido ao cuidado de Mateus quando fala sobre as coisas concernente a lei.
Irineu defende que Mateus tenha sido escrito no tempo em que Pedro e Paulo estavam em Roma, por volta da década de 60. Defender uma data posterior a essa traria alguns pros e contras, como por exemplo, podemos citar: como contra a questão da queda de Jerusalém é o incêndio de Roma, como teríamos de colocar Marcos como sendo fonte para Mateus, coisa que não é certa para muitos devido à autoridade apostólica, ou seja, Mateus se utilizaria de um documento que não teve origem apostólica.
Quanto ao ambiente da obra, só se pode deduzir por inferência histórica. Irineu da a entender que foi um local entre os hebreus, que pode ter sido qualquer comunidade judaica.
Sobre o esboço de Marcos: Pag. 28.
I- prólogo do começo do evangelho 1.1-15.
II- ministério público 1.16-8.26.
III- Jerusalém, paixão e vindicação 8.27-16.8.
Marcos destaca Jesus como o filho do homem é servo sofredor. Em 10.45 Jesus declara que sua missão é vir é da à vida em resgate de muitos.
Sobre a autoria, a idéia que se tem vem da igreja antiga. Marcos é descrito como “interprete de Pedro” segundo Papias (eccl. Hist. 3.39.15.), O prólogo antimarcionista (180 d.C. ), Irineu (contra as heresias 3.1.1-2) e Clemente de Alexandria (historia eclesiástica 6.14) Pag. 30.
Marcos é associado a João Marcos companheiro de Pedro, Barnabé é Paulo (At 12.12,25; 13.13; 15.37-39; 1Pe 5.13; Fm 24; Cl 4.10; 2Tm 4.11).
Sobre a data de Marcos é um pouco mais difícil de determinar. Irineu acredita que o livro teria sido escrito após a morte de Pedro e Paulo, ou seja, após a década de 60.
Clemente de Alexandria faz referencia a data de Marcos ao período em que Pedro é Paulo esteve em Roma, 50 d.C.
A maioria dos eruditos coloca o período entre 65 e 70 como sendo a mais provável. Clemente de Alexandria afirma que Pedro aprovou a obra de Marcos, o que leva a se concluir que o livro foi escrito entre 50 e 60. Uma data perto do início dos anos 60 seria a melhor possibilidade. Pag. 31.
Sobre o local de composição o mais provável é que tenha sido escrito em Roma, porque, Clemente de Alexandria faz menção a isso em sua obra.
A tradição posterior a clemente acredita em um ambiente mais distante, por exemplo, o Egito (João Crisóstomo, homilies on Matthew [homilias sobre Mateus 1.3]). Mas isso não é consistente devido à forma latina da escrita encontrada no texto.
Sobre o esboço de Lucas:
I- Apresentação de João Batista e de Jesus 1.1-2.52.
II- Preparação para o ministério 3.1-4.13.
III- Ministério Galileu 4.14-9.50.
IV- Jornada para Jerusalém 9.51-19.44.
V- Jerusalém 19.45-24.53.
Os temas principais de Lucas são:
Cristo deve por em atividade o plano de Deus, por isso ele cita corriqueiramente “devem se” (2.49; 4.43; 9.22). O evangelho em Lucas deve marcha para frente.
Outro tema que Lucas coloca é que Jesus aparece como o messias, servo e Senhor.
Sobre a autoria do livro o autor do evangelho também não coloca seu nome no livro, é tudo que temos sobre a autoria do livro vem do testemunho externo da igreja.
Justino em sua obra Trifão (103.19) observa que “essa memória de Jesus” foi escrita por um seguidor de Paulo.
Irineu em “contra as heresias” liga o evangelho a Atos dos Apóstolos, diz que o autor é um seguidor de Paulo.
Eusébio informa que Lucas seria o autor é que ele é natural de Antioquia.
Sobre a data de Lucas, o que tem de ser levado em consideração é a relação do livro com a data de Marcos, teríamos que saber em qual data o livro de Marcos foi composto e quanto tempo Lucas levou para ter acesso a esse.
A data mais provável para Marcos é 60 d.C. o que favorecia a responder sobre a questão da queda de Jerusalém que, Jesus tendo profetizado não seria coerente aceitar uma data posterior a 70.
Quanto à localidade de composição têm sido levantados vários lugares como Antioquia, Acaia e Roma. Mas nem a tradição assim como no caso da data tem uma posição formada. O que podemos dizer sobre é que, devido aos traços gentios dominante no livro de Atos, que o local deve ser uma comunidade mista composta de judeus é gentios cristãos.
Sobre o esboço de João:
I- Prólogo 1.1-18.
II- O livro dos sinais: antes da hora 1.19-12.50.
III- O livro da glória: o discurso de despedida é a paixão joanina – a hora chegou 13.1-20.31.
IV- Epílogo: uma pesca maravilhosa representando a missão e uma conversa com Pedro 21.1-25.
Os temas principais de João são: os temas principalmente focalizam a cristologia. O tema principal é a vida eterna, onde os sinóticos chamam de promessa do reino.
Outros temas tratados em João são:
Jesus como o logos; Jesus como o filho enviado; a divindade de Cristo; Jesus como messias; Jesus como filho do homem; Jesus como profeta; Jesus é o revelador do Pai; outro tema tratado é sobre o Espírito Santo; como último tema está o propósito de João em fazer com que o leitor creia que Cristo é Jesus.
Sobre a autoria, a tradição, que se encontra no prólogo antimarcionista e no cânon muratoriano, indica que João seja o autor.
O prólogo diz que o evangelho era para as igrejas da Ásia. Irineu, Tertuliano, e Clemente de Alexandria concordam que João, o apóstolo é o autor.
O testemunho interno do livro da a entender que o autor era judeu da palestina; testemunha ocular do que escreve; apóstolo. Outra evidência interna é que o autor se identifica pelo termo “discípulo amado” (13.23; 19.26; 20.2; 21.7,20).
Com relação à data, o evangelho de João é mais solido que os outros. É a grande maioria da tradição acredita que o livro tenha sido composto depois dos outros. O livro pode ter sido escrito depois da queda de Jerusalém é próximo do fim da vida de João.
RESUMO
Em linhas gerais, pode-se destacar que os 4 evangelhos, foram escritos, 2 por judeus e 2 por gentios. Mateus se preocupa em da resposta aos judeus sobre o messias; Marcos se volta para a perseguição é o sofrimento; Lucas, complementado por Atos, mostra como o evangelho foi dos judeus até os gentios. João traz prova de que Jesus é o filho único enviado do pai.
Sobre a teologia dos evangelhos podemos dizer que: Pag. 533. “a instrução que guia a igreja através dos séculos tem sido o ensino de Cristo e as obras de reflexão apostólica sobre a obra de Deus por meio dele no NT”.
Sendo assim, não há nada melhor que poder focalizar os temas principais levantados por Cristo para a vida da igreja.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Oque você achou? Deixe seu comentário. Muito obrigado.